Os deputados da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul votam hoje o parecer elaborado pela comissão especial sobre o pedido de impeachment da governadora gaúcha Yeda Crusius (PSDB). O parecer é contrário à admissibilidade do pedido de impeachment.

Em reunião, os líderes de bancadas e de partidos fecharam um acordo para votação do parecer. Pelo acordo, a pauta da semana será exclusivamente dedicada à apreciação e votação desse parecer.

Em caso de aprovação do parecer, o processo de pedido de impeachment será arquivado. Em situação de rejeição, o processo prossegue.

O pedido de impeachment foi apresentado por sindicalistas ligados Fórum dos Servidores Públicos Estaduais do Rio Grande do Sul. O objetivo era apurar se Yeda cometeu crime de responsabilidade no suposto esquema que desviou mais de R$ 40 milhões do Detran-RS.

Os partidos de oposição na Assembleia Legislativa --PT, PC do B, DEM e PDT-- começaram a se articular para tentar reverter no plenário da Casa a decisão da comissão especial, que aprovou o relatório que recomenda o arquivamento do pedido de impeachment.

A oposição reúne 22 deputados dos 55 que integram a Casa, número insuficiente para conseguir derrubar o relatório.

Tumulto

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ivar Pavan (PT), disse que Tribunal de Justiça indeferiu o mandado de segurança que pedia a anulação da votação do parecer na comissão especial. O pedido de anulação foi feito porque se questionou o fato do deputado Carlos Gomes (PRB) perder o direito de votar na comissão por ter trocado de partido (deixou o DEM).

A oposição questionou a participação de Gomes na comissão.