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Domingo, 28 de abril de 2024

Notícias | Economia

Vale estuda comprar 51% de empresa de logística em Moçambique

A mineradora Vale informou na sexta-feira que está avaliando exercer a opção de compra de 51% da Insitec, empresa de Moçambique dona de concessões ferroviárias e portuárias, o que viabilizaria a expansão do seu projeto de carvão (Moatize) naquele país.


Nesta sexta-feira, a mineradora assina em Moçambique protocolo de intenções com o governo e a Insitec, acionista das empresas constituintes do CDN (Corredor de Desenvolvimento de Nacala). O protocolo será assinado pelo ministro de Transportes e Comunicações de Moçambique, Paulo Zucula; pelo diretor-presidente da Vale, Roger Agnelli; e pelo presidente da Insitec, Celso Corrêa.

Segundo a Vale, o objetivo é reproduzir o modelo de integração mina-ferrovia-porto usado com sucesso no Brasil.

"A viabilização deste corredor logístico possibilitará a expansão da mina de carvão de Moatize, e facilitará o desenvolvimento da mina de fosfato de Evate, projetos moçambicanos que estão atualmente em fase de estudo, além de permitir no futuro o escoamento do cobre a ser produzido pela Vale no Copperbelt da Zâmbia", informou a companhia em nota.

O projeto Moatize prevê a produção inicial de 11 milhões de toneladas de carvão, que já tem logística assegurada. A compra das ações da Insitec seriam para garantir a expansão de Moatize para 24 milhões de toneladas.

"Estamos examinando a viabilização de ferrovia de Moatize a Nacala, envolvendo construção de ligação ferroviária com aproximadamente 180 quilômetros de extensão entre Moatize e Lirangwe, no Maláui", informou a Vale.

Além disso, "a empresa avalia a reabilitação de 730 quilômetros da ferrovia já existente conectando o Maláui a Moçambique, e o desenvolvimento de um terminal marítimo de águas profundas... em Nacala", complementou a companhia.

"Este projeto vai promover o desenvolvimento da África Oriental, com destaque para países como Moçambique, Zâmbia, Maláui e República Democrática do Congo, onde existem importantes reservas de carvão, cobre e fosfato e enorme potencial agrícola", declarou na nota o presidente da Vale, Roger Agnelli, que esta semana anunciou investimentos de US$ 12,9 bilhões para 2010.

O executivo tem sido pressionado pelo governo brasileiro para investir mais no Brasil, que receberá 63% do total anunciado. Agnelli tem demonstrado porém que a companhia também precisa se expandir internacionalmente. Além do protocolo em Moçambique, a Vale participa nesta sexta-feira de uma licitação na Mongólia, também para exploração de carvão.
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