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Domingo, 05 de maio de 2024

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Após assumir a FIA, Todt pode ter auxílio de Michael Schumacher

Com uma vitória tranquila, o francês Jean Todt, 63, foi eleito ontem o novo presidente da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), encerrando a era Max Mosley, que perdurava desde 1993. Ele superou o finlandês Ari Vatanen, ex-piloto de rali, por 135 votos a 49. Houve ainda 12 abstenções.


Ex-diretor da Ferrari, Todt deu indícios de que sua gestão terá o auxílio de Michael Schumacher. Ao lado do francês, o ex-piloto alemão conquistou cinco de seus sete títulos na F-1.

Uma das propostas de campanha de Todt, que foi eleito para um período de quatro anos, é a introdução de comissários responsáveis pelo comando das categorias.

O francês não descartou a possibilidade de delegar um cargo a Schumacher enquanto estiver no comando da FIA.

"Ele é como um filho. Sempre houve e sempre haverá um lugar para ele perto de mim."

Presente na cerimônia de votação, realizada em um hotel em Paris, o alemão comemorou a vitória de seu ex-chefe.

"É muito positivo", disse Schumacher, que se aposentou das pistas em 2006, mas segue na Ferrari como consultor.

Quem também celebrou a eleição de Todt foi Mosley, cuja gestão chega ao fim, manchada por escândalos na F-1.

"Todt é um homem muito honesto e direto. Não poderíamos ter alguém melhor do que ele [para assumir o cargo]", falou Mosley, que apoiou a candidatura do francês.

O novo presidente deve seguir os passos de seus sucessor e não fará mudanças drásticas na entidade durante sua gestão. "Sou contra a ideia de mudar tudo. Prefiro falar sobre mudança construtiva. O que funcionava há dez anos, não funciona mais", afirmou Todt.

Ontem, o francês disse que espera ver de novo a disputa de uma etapa de F-1 em seu país.

O GP da França não foi disputado neste ano por falta de dinheiro dos organizadores para pagar as taxas exigidas pela FOM, entidade que comanda comercialmente a categoria.

"Isso [retorno da etapa francesa ao calendário] vai fazer parte de um dossiê que eu vou analisar", afirmou ontem.

A linha continuísta do novo comandante da FIA desagradou ao derrotado no pleito.

"Duvido que ele seja capaz de dar um novo começo à FIA, mas espero que eu esteja errado. Todt tem muitas qualidades, mas se ele quer deixar suas pegadas na FIA, tem que que renová-la", afirmou Vatanen.

O finlandês chegou a se queixar da falta de transparência no pleito de ontem, apesar de o processo ter sido acompanhado de perto por um fiscal da Justiça francesa, algo que o próprio finlandês havia pedido.

"Quando as pessoas dizem três vezes que compartilham dos mesmos valores democráticos que você e logo depois votam em outra coisa, é muito decepcionante. Não para mim, mas para a democracia."
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