O governador Blairo Maggi (PR) declarou que está disposto a sentar e conversar com o prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), com objetivo de definir um plano de gestão para a saúde na capital. Entretanto, ele acusa a gestão municipal de se recusar a abrir conversações antes de receber mais incentivos financeiros para o setor.

“Estou disposto a sentar, mas não para botar mais dinheiro nesta bagunça”, disse o governador, em uma recepção para vários jornalistas em sua fazenda de Sapezal, neste sábado (24). “Eles (a Prefeitura) querem um cheque assinado antes da conversa, isso não dá”, acrescentou Maggi, aparentemente cansado das extenuantes sessões de perguntas da imprensa.

Em respostas a diversas criticas do prefeito Wlson Santos, Maggi afirmou “não caber ao Estado abraçar responsabilidades dos outros”. Segundo ele, a capital está sob o sistema de gestão plena de saúde e sofre principalmente de problemas de gerenciamento, já que as verbas são repassadas conforme devem ser.

“Eu e o Augustinho Moro (secretário de Estado de Saúde) fomos ao Ministério da Saúde para tentar subir o teto de orçamento (de Cuiabá), mas para subir de patamar no enquadramento do governo federal está faltando muito atendimento. Quer dizer, falta fazer mais atendimento com o orçamento que tem para subir o teto (do Sistema Único de Saúde)”, relata.

Maggi também salientou que acha justa a reivindicação dos médicos quando se trata de acabar com os “penduricalhos” nos salários. “Eu já acabei com isso no Estado”, afirmou, pouco antes de dar razão para Wilson a respeito da Prefeitura poder ficar sem verba estadual se esta for vinculada aos vencimentos base da classe. “Essa verba não é para pagar o salário de ninguém”, ponderou.


Atualizada às 19h08