O governo do Estado, por meio de um acordo com o Hospital Geral Universitário, já conveniado com a rede do SUS (Sistema Único de Saúde), deve passar a encaminhar pacientes para aquele hospital conforme for a necessidade, devido à falta de atendimento no Hospital Pronto Socorro Municipal de Cuiabá (HPSMC). Com isso, as verbas destinadas ao auxílio de custeio, enviadas para a Prefeitura de Cuiabá, podem mudar de mãos.

“Não estarei cortando o repasse de ninguém. Quem estiver trabalhando vai receber e quem não estiver trabalhando não vai receber”, afirmou o governador Blairo Maggi (PR), em uma recepção á vários jornalistas de Cuiabá, na sua fazenda de Sapezal, neste sábado (24). Ele também ressaltou o fato dessa medida não se tratar de um boicote, mas sim de enviar os recursos, na devida proporção, para quem realizar os serviços pagos por esta verba.

De acordo com o governador e também com o secretário de Estado de Saúde, Augustinho Moro, ainda não foi preciso levar nenhum paciente para o HGU. Contudo, não haverá qualquer dúvida de o fazer se necessário. Hospitais da rede privada também poderão ser acionados.

Maggi ainda aproveitou a ocasião para esclarecer que Mato Grosso cumpre com o dever de investir 13% do orçamento estadual no setor da Saúde. Ele explicou que as contas feitas pelo Ministério incluem o Imposto de Renda, e por isso sinalizam um valor maior. Contudo, um acordo com o TCE (Tribunal de Contas do Estado) garante o imposto fora da contagem do montante de recursos a ser aplicado. “O Ministério faz uma conta e o Estado outra, é simples”, concluiu.