Os profissionais da rede municipal de ensino de Várzea Grande que aderiram à greve terão seus pontos cortados entre o dia 1º a 9 de outubro, período em que os trabalhadores decidiram paralisar as atividades em virtude da demissão de 400 funcionários pela Prefeitura Municipal.
A informação é do secretário de Educação e vice-prefeito, Tião da Zaeli (PR), que em entrevista ao site
Olhar Direto afirmou que o levantamento está sendo realizado e o corte deverá acontecer já na folha de pagamento de outubro.
Conforme Zaeli, pelo menos 30% das escolas aderiram ao manifesto e a Secretaria de Educação teria solicitado informações sobre os dias não trabalhados, assim como repassado a informação sobre o corte.
“Têm escolas que paralisaram por um dia, outras por uma semana. Esse levantamento é o que estamos fazendo e temos que aplicar o que é correto. Pois a paralisação ocorreu sem motivo”, declarou.
Foram exonerados funcionários que atuavam nos cargos de agente de segurança e manutenção, que são os vigias e zeladores, e agente de serviços gerais. Isso porque uma comissão formada por membros do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-VG), da prefeitura e da Secretaria de Educação analisaram as folhas de pagamento dos últimos três meses e constataram servidores “fantasmas”.
Com isso, a secretaria decidiu demitir os ocupantes de cargos comissionados, o que gerou verdadeiro embate com a categoria. No entanto, Zaeli garante que não houve outra medida a ser tomada para que não haja o descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Ele contesta ainda a atuação do Sintep alegando que teria promovido uma paralisação inconsequente, inoportuna e de cunho politiqueiro, sem explicar suas reais intenções.
“Muitos desses trabalhadores nem chegaram a ser exonerados. Fizemos um novo cadastramento e quem estava trabalhando normalmente foi recontratado”, garantiu.
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