O prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), em entrevista para o Olhar Direto, disse que o município está prestes a selar um acordo com a classe médica, que vem fazendo uma série de exigências no sentido de garantir a prestação de serviços no setor de saúde, especialmente no Pronto-Socorro Municipal. 

O tucano garante que as negociações com os médicos têm avançado após propor um aumento de R$ 500 mil ao prêmio recebido pelos profissionais da saúde, saindo de R$ 1,8 milhão para R$ 2,3 milhões. Somente os médicos receberiam R$ 1,4 milhão e os outros R$ 900 mil ficariam para os demais funcionários do setor.

A greve já dura 50 dias e ganhou conotação política depois que os médicos pediram a demissão do secretário municipal de Saúde, Luiz Soares. O prefeito Wilson Santos não cedeu à pressão da categoria e pretende chegar a um acordo "em breve".   

Os médicos também persistem em manter a paralisação e, até o momento, 52 médicos pediram demissão do Pronto-Socorro de Cuiabá. A Prefeitura de Cuiabá tem convocado profissionais aprovados em concurso público.

Contudo, os médicos demissionários Alberto Bicudo Salomão e Valter Gouveia afirmaram, no dia do anúncio de que a Prefeitura contrataria uma empresa privada, que os cirurgiões convocados pela prefeitura para ocupar as vagas em vacância não irão assumir os postos de trabalho.

O Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindmed) cobra melhores condições de trabalho e implanbtação de um Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), além de reposição salarial.

A crise na saúde se complicou ainda mais após o início da reforma no Pronto-Socorro de Cuiabá, superlotando os demais hospitais da capital e o Pronto-Socorro de Várzea Grande.