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Terça-feira, 07 de maio de 2024

Notícias | Cidades

Caso Reginaldo

'Foi um caso que chocou pela violência e intolerância', diz delegada

Violência e intolerância. Essa foi a classificação dada pela delegada Ana Cristina Feldner sobre a morte do vendedor ambulante Reginaldo Donnan dos Santos Queiroz. Ela foi responsável pelo relatório que confirmou o homicídio triplamente qualificado praticado por quatro seguranças do Shopping Goiabeiras, no dia 29 de agosto. A delegada esteve na manhã de hoje, na Câmara Municipal de Cuiabá, para relatar o caso aos vereadores.


“A única motivação dos seguranças foi a intolerância e o preconceito”, afirmou a delegada. Segundo ela, Reginaldo fez além do necessário. Na entrada do shopping se identificou aos seguranças, o que não havia necessidade por tratar-se de um ambiente público.

Conforme informações da assessoria de imprensa do Legislativo, a delega também exibiu um vídeo com imagens de Reginaldo Donnam dentro do shopping, minutos antes de ser morto. Segundo a delegada, desde o momento em que a vítima pisou no estabelecimento começou a ser perseguido pelos seguranças, que o classificaram de “QRU”, que significa “problema”. Em seguida, Reginaldo se dirigiu à praça de alimentação.

O motivo da sua ida ao shopping era comprar um ingresso para o show da cantora Sandra de Sá e aproveitou para tomar um suco com duas amigas. Na praça de alimentação, foi abordado pela primeira vez e alertado que não podia realizar vendas ali dentro e ele deixou claro que essa não era a sua intenção. Três minutos mais tarde, Jefferson Medeiros, Valdenor de Moraes voltaram à mesa e tomaram seus pertences. Quando já havia saído do shopping, Valdenor voltou a abordá-lo. Como consta no próprio depoimento de Valdenor, usando “jogo de cintura”, ele convenceu Reginaldo a voltar ao Goiabeiras para pegar suas coisas.

Dentro do estabelecimento, Reginaldo foi escoltado por dois seguranças até uma sala, mas não aceitou entrar. Talvez se tivesse entrado e sido espancado ali, não haveria testemunhas no caso, e a versão dos seguranças ganhasse crédito. Por fim, os seguranças entraram na loja em que Donnan estava e sem mais explicações deram nele uma chave de braço, tamparam a boca de Reginaldo e o levaram para a sala de segurança. Reginaldo então foi espancado sem piedade. Os seguranças ligaram para a Polícia Militar e o tiraram do shopping dentro de um contêiner de lixo. Ele foi colocado na viatura pelos próprios seguranças.

Os policiais levaram-no para a delegacia, onde forjaram um boletim de ocorrência que colocava o vendedor como culpado na história. O delegado, vendo a situação de Reginaldo, mandou os policiais militares levarem-no para o Pronto Socorro, onde morreria três dias depois.
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