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Terça-feira, 07 de maio de 2024

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Sarney diz que aceitará demissão de Zoghbi se essa for a determinação do Senado

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), sinalizou nesta quarta-feira que deve acatar a recomendação da comissão disciplinar e da primeira secretaria da Casa e determinar a demissão do ex-diretor João Carlos Zoghbi (Recursos Humanos).


Sarney afirmou que ainda não recebeu o processo, mas disse que não vai contrariar a decisão dos órgãos que investigaram as denúncias contra o ex-diretor. "Eu vou examinar o processo e se essa conclusão for de todos os órgãos, não há porque eu contrariar.Mas eu ainda não conheço o processo", disse.

O primeiro-secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI), deve entregar amanhã o processo para a Mesa Diretora. A decisão final sobre a exoneração de Zoghbi é de Sarney, que poderá consultar os integrantes da Mesa.

Reportagem da Folha publicada nesta terça-feira afirma que a comissão disciplinar que investigou as denúncias contra Zoghbi pediu a demissão dele a bem do serviço público. O relatório, segundo a Folha apurou, foi entregue na sexta ao primeiro-secretário. O processo foi conduzido por comissão formada por três servidores do Senado.

Em maio, Zoghbi foi acusado de usar o cargo para beneficiar a empresa do filho que operava com empréstimo consignado do Senado. Diretor por oito anos, ele controlava a folha de pagamento de R$ 2,1 bilhões.

Segundo a revista "Época", o ex-diretor colocou uma ex-babá como sócia majoritária da Contact Assessoria de Crédito. Na verdade, a empresa era de Marcelo Zoghbi, filho do ex-diretor. Apenas por conta de operações de empréstimos entre funcionário do Senado e o Banco Cruzeiro do Sul, a empresa faturou R$ 2,2 milhões.

O caso também foi investigado pela Polícia Federal. Em agosto, Zoghbi foi indiciado sob acusação de ter cometido três crimes: concussão (extorsão praticada por funcionário público), inserção de dados falsos em sistemas de informação e formação de quadrilha.

O advogado de defesa do ex-diretor do Senado, Getúlio Humberto Barbosa de Sá, afirmou que o parecer da comissão apresenta pelo menos nove pontos que podem anular todo o processo.

Barbosa de Sá não quis revelar quais seriam as nulidades, mas disse ter certeza que não há nenhuma prova que justifique a demissão de Zoghbi.

"Essas nove situações estão na defesa que nós apresentamos ao Senado. Acredito que esta é uma questão sigilosa e que só deve ser revelada após a decisão final. Agora, são questões processuais adotas pela comissão que esperamos que o comando da Casa avalie e perceba as irregularidades", disse.
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