O secretário de Estado de Saúde, Augustinho Moro, afirmou, em entrevista no seu gabinete para o Olhar Direto, que a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), em fase de instalação na Assembleia Legislativa, “só poderá ter utilidade se trabalhar no sentido de apontar caminhos”.

Moro acredita que estudar os problemas e sugerir soluções seria o dever da CPI, e que apenas trabalhando com esse único foco, é que se pode ter efeito prático. O secretário comenta ainda que as questões políticas devem ficar afastadas do processo, pois acabam virando o ponto central das discussões e desviam o caminho correto do trabalho.

A Assembleia Legislativa tomou a iniciativa de sugerir a criação da comissão devido à crise que está instalada na saúde pública em Cuiabá e em vários municípios de Mato Grosso, já que a capital atende pacientes de todo o estado.

O Pronto-Socorro está funcionando de maneira precária, já que os médicos intensivitas daquela unidade entraram em greve reivindicando melhores salários e condições de trabalho, além de solicitar a saída do atual secretário municipal de Saúde, Luiz Soares, fato que é improvável diante da seriedade do titular daquela pasta e da inflexibilidade do prefeito
Wilson Santos (PSDB).

Augustinho Moro completa dizendo que, passado esse problema pontual na saúde, os diversos setores envolvidos precisam sentar e dialogar conjuntamente, procurando resolver as causas da questão.

“Precisamos construir um planejamento, e logo. Ele servirá, inclusive, para estruturar a saúde para a Copa do Mundo de 2014”, disse o secretário, antevendo que a união de esforços será fundamental para que Cuiabá seja confirmada como uma das subsedes da competição mundial.


Atualizada e corrigida às 21h57