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Sábado, 18 de maio de 2024

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Super Urbano apresenta som de qualidade e original no Festival Calango

A qualidade e a originalidade do rock brasileiro são reconhecidas internacionalmente. Não são poucas as bandas que já se apresentaram pelos quatro cantos do mundo. Mesmo assim, a cada um novo talento surge e lá vem uma nova geração de cantores, compositores e banda que despontam no cenário musical. Agora é a vez de Super Urbano mostrar o potencial artístico de um grupo seleto de músicos de Cuiabá que se reuniu para fazer um som de qualidade e diferenciado.


Jovens na idade, mas maduro na música. Fabrício Chabô (vocal), Fábio Lemos (guitarra), Igor Carvalho (baixista) e Samuel Teixeira (baterista) se juntaram após perceberem a afinidade e resolveram faz o que realmente gostam. "Juntamos-nos sem pretensão e começamos a compor. O projeto já nasceu com duas músicas pré-prontas. A coisa fluiu de tal forma que começamos a compor uma atrás da outra. E hoje estamos na pilha para tocar", conta o vocalista.

O nome "Super Urbano" aconteceu após Chabô ir para São Paulo, mas melhor ele mesmo explicar. "Após uma viagem a São Paulo, eu voltei um pouco perturbado de ver o quanto aquela cidade e as pessoas são urbanóides. Todos programados, robóticos. Então pensamos em um nome que tivesse este sentido. Começamos a ensaiar sem nome, daí tentamos vários nomes e nenhum se encaixava. Então pensamos em monta uma “Liga Rocker”, surgindo assim o nome Super Urbano", traduziu.

Falar da banda é um tanto quanto complicado. Chabô evita qualquer rótulo e por isso optou por variar nas músicas. Além disso, as influências musicais de cada um são bem diversificadas. Indo do jazz, blues, rock, havy metal, rap, hardcore, grunge e muito mais.

Sob a influência do cenário urbano, as letras são politizadas e relata "a vida como ela é", parafraseando Nelson Rodrigues. "Acho necessário que as letras tenham um peso político. Claro que não todas, mas gosto de fazer músicas para que as pessoas parem pra pensar em tudo que está a sua volta, pois é muito simples não se importar. O Super Urbano são todas aquelas pessoas que conseguem sobreviver em meio ao caos e ainda tirar algo produtivo e interessante disso tudo", esclarece Chabô.

Super Urbano não está para brincadeira e já tem o objetivo de lançar um CD em 2010. Já contam com seis músicas próprias e outras na cabeça em processo de criação. É claro que já contam com a possibilidade de percorrer os diversos festivais da música independente divulgando a banda e o Estado. "Fazer muito som!", sintetiza o vocalista.

Ficou curioso para conhecer a banda? Então pode ir às Praças da Bandeira no domingo (1). Super Urbano estreia no conceituado Festival Calango. O show está marcado para as 19h30. O Festival Calango é uma realização do Espaço Cubo. O projeto é apresentado pela Petrobrás e Ministério da Cultura, através da Lei Rouanet. Conta ainda com patrocínio do Governo do Estado e Prefeitura de Cuiabá; e apoio cultural da Rodarte Papelaria, Restaurante KG e Hotel Paiaguás.

Perfil

Chabô já é conhecido no cenário da música independente. Desde 2001 percorre palcos da Capital e de outros estados. Ele começou com a banda Donalua como vocalista e lembra com orgulho: "levantamos a bandeira da música autoral e começamos uma movimentação que deu origem a cena independente cuiabana".

Irreverente, Chabô brinca com a facilidade com que compõe as letras. "Comecei a me aventurar pelas linhas da composição e desde então componho a rodo. Vixe! (risos)". Ele também teve a honra de fazer parte da história da Macaco Bong, conhecida nacionalmente, e chegou a compor as letras das cinco primeiras músicas, além de participar do show de estréia da banda.

No entanto, o grupo achou o seu caminho instrumental e Chabô partiu para capitanear um projeto ousado que se chamava Chilli Mostarda, com essa banda rodou o país fazendo shows em grandes festivais como o próprio Calango, Vaca Amarela (GO), Fora do Eixo (SP), Dezembro Independente (SP), Grito Rock (MT, GO, MG) entre outros. E lá se vão oito anos.

Sem medo, o vocalista assume ser eclético e ouve desde Rap, Jazz, MPB, Rock de todos os gêneros, instrumental entre outros. Dentre as bandas estão Rage Agaisnt The Machine, Nirvana, Led zeppelin, Macaco Bong, Steve Ray Vaughan e The Doors.

Fábio Lemes é ainda mais antigo. Começou com bandas de garagem durante a adolescência entre os anos de 91 a 98. Durante sua estadia em Portugal não deixou a música de lado e entre os anos de 2001 a 2006, tocou na banda portuguesa Birddog. "O estilo era Grunge, Pro Choice, pós Seattle praticamente", afirma ao tentar descrever o estilo do grupo.

O período em que ficou fora do país, deu a Fábio uma vasta experiência e que agora aplica na Super Urbano. Com um estilo próprio, ele leva a sério o trabalho e não brinca durante os ensaios. Está sempre tentando inovar. Seu estilo está totalmente ligado ao Heavy Metal, Hardcore e Grunge, por isso, suas bandas favoritas não poderiam ser outras. Estão na lista: Metallica, Biohazard, STP, Pearl Jam, Silence 4 e Creed.

Já o baixista Igor Carvalho está a quase 10 anos no meio musical e já percorreu igrejas, bares e pizzarias tocando como freelance. Fato importante para sua carreira. Com isso adquiriu um vasto repertório, mesmo assim tem uma forte personalidade. Já tocou com a banda Jihaad como baterista e percorreu palcos como o do Calango em 2005, Grito Rock em 2006 e 2009. No lançamento do CD da Vanguart esteve presente.

Com gosto apurado para música, tem facilidade em compor a melodia. Nos ensaios, está sempre na frente. Quando a coisa não "está fluindo" é ele quem pega o violão e manda ver num arranjo diferente. Fazendo alguns testes com os sons da corda do violão ele sempre acaba achando uma solução.

Igor é fascinado pela musica instrumental e brasileira. Jazz, blues, rock, MPB faz parte do cotidiano musical. Seu ídolo é o mato-grossense Ebinho Cardoso: "o grande mestre", declara. Escuta Jaco Pastorius, Scott Henderson, Pat metheny, Tom Jobim, Richard Bona, Led Zeppelin, Black Sabbath, Madame Saatan, Macaco Bong, Tribal Tech e Chick Corea.

Samuel Teixeira também já tem 10 anos tocando bateria e não tem dó do instrumento. Com influência do heavy metal, não perdeu tempo em investir no som do pedal duplo e com isso conquistou sua originalidade. O começo da carreira foi com uma banda de garagem em 1998 e percorreu festas de colégios e universidade. "Anos depois, em 2000, formei a primeira banda mesmo, com o nome de Dupla Face. A banda tinha a proposta de fazer o rock/pop comercial e ao mesmo tempo colocar o que realmente gostava de tocar como o Heavy Metal", relata.

Não durou muito e em 2004 foi convidado para tocar com Alicia Jones. "Abrimos o primeiro show da Pitty aqui", lembrou. Só que o grupo logo se desfez. Desde então acabou parando de tocar com bandas, apenas com amigos e para estudar. "Não quis mais saber de banda até os dias atuais pelo fato de não ter encontrado uma galera com responsabilidade e determinação", lamenta. Agora, com Super Urbano, Samuca, como é mais conhecido, acredita que tudo vai dar certo.

As bandas e músicos favoritos são: Stratovarius, Angra, Shaaman, Metallica, Hangar, Doctor Sin, Dream Theater, Rush, Iron Maiden, Djavan.
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