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Sábado, 11 de maio de 2024

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Conheça os "sanduíches" de baterias que alimentam seus eletrônicos

Pode parecer estranho, mas seus eletrônicos se alimentam com espécies de sanduíches (ou quase isso) compostos de placas metálicas e compostos químicos. Entre os ingredientes dessa mistura estão pilhas, chamadas de células, cujas cargas individuais somadas mostram o poder total da bateria, explica o professor Marcelo Zuffo, da Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo).


As principais baterias que alimentam os eletrônicos atualmente são as de lítio-íon, mas já houve de níquel-cádmio e níquel-hidreto metálico.

O lítio-íon tem vantagens em relação aos anteriores: retém mais a carga (perde 5% de carga por mês, contra até 20% das outras) e não tem o "efeito memória", o que quer dizer que as baterias podem ser recarregadas mesmo após não terem sido descarregadas totalmente, segundo o professor Sergio Penedo, da FAAP (Fundação Armando Alvares Penteado).

Apesar disso, Penedo diz que as baterias de lítio-ion são "temperamentais", porque "caso o lítio tenha sido contaminado com impurezas na fabricação, os riscos de instabilidade são maiores". Elas também não devem ser descarregadas completamente e têm baixa tolerância a altas temperaturas. "Mas os dispositivos que usam lítio-íon têm circuitos de proteção que bloqueiam o carregamento acima do limite e impedem que elas se descarreguem completamente."

O tempo de duração de cada carga varia muito, e isso depende muito do seu uso. Nos notebooks, a quantidade de programas abertos, o processador usado e o brilho da tela interferem diretamente na duração da bateria. Já os celulares perdem de acordo com o tipo de material da tela, na troca excessiva de dados e se seu Bluetooth, GPS e Wi-Fi estão ligados o tempo todo.

Além disso, é preciso prestar atenção em alguns detalhes para não errar na hora da compra. Segundo os professores ouvidos pela Folha, o consumidor deve pesar impacto ambiental, custo, desempenho e material do qual a bateria é feita. Sem esquecer de verificar se o produto tem o selo de certificação da Anatel. "Baterias mal dimensionadas ou de procedência duvidosa trazem riscos graves de queima, vazamento e até explosão", alerta Penedo.

Também deve ser levado em conta o uso que será feito do produto. "No caso dos notebook, é recomendada uma bateria de 12 células para quem tem acesso restrito a tomadas. Já para o usuário doméstico, pode-se comprar um computador portátil com bateria de seis células, que custa em média 50% menos", segundo Henrique Joji Sei, diretor de marketing e produtos da Dell Brasil.

A Dell vende vários notebooks que podem ser configurados com seis ou nove células. Um deles é o Latitude E5400, tem preços a partir de R$ 2.299 (seis células, duração prevista de cinco horas) e R$ 2.379 (nove células, duração prevista de oito horas). O consumidor paga R$ 80 por três horas a mais.

Já a HP vende o tx2-1040 por R$ 3.699, e, por esse preço, o consumidor leva duas baterias, uma de quatro e outra de oito células. A Sony informa que vende seus notebooks com bateria padrão e vende separadamente baterias de longa duração, que custam até R$ 1.099.

Os aparelhos que mais trazem problemas quanto às baterias são notebooks e celulares.

Uma solução encontrada por alguns usuários para ter um maior desempenho em seus notebooks é o uso de baterias externas. Nos celulares, não é recomendável trocar a bateria por uma de maior potência. "Um celular é projetado para receber uma quantidade específica de carga durante seu funcionamento", diz Penedo.
O site Cnet comparou baterias de smartphones. Leia em bit.ly/celularesvidautil
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