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Segunda-feira, 06 de maio de 2024

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Bridgestone deixa a F1, que agora tem um ano para encontrar novo fornecedor

A fabricante japonesa de pneus Bridgestone anunciou nesta segunda-feira que não será mais a fornecedora do Mundial de Fórmula 1 após a temporada de 2010, em consequência da crise econômica.


"A Bridgestone anuncia que não assinará um novo contrato de fornecimento de pneus com o campeonato mundial de Fórmula 1 da FIA (Federação Internacional de Automobilismo). O contrato atual acaba ao final da temporada 2010", afirma a empresa em umn comunicado.

A Bridgestone destaca "a evolução do ambiente dos negócios" e a "necessidade de redirecionar os recursos" para pesquisas e desenvolvimento como causas de sua decisão.

A empresa afirma que a colaboração com a F1 contribuiu para fortalecer a marca, mas que já alcançou seus objetivos.


O grupo japonês participou nos últimos 13 anos da Fórmula 1.

A saída da Bridgestone da F1 foi uma surpresa para os participantes e dirigentes de um campeonato que tem agora um ano para encontrar um novo fornecedor.

"Não antevimos isso. Agora o Bernie (Ecclestone) vai ter trabalho para encontrar um novo fornecedor, mas, pelo menos, tem um ano pela frente para conseguir", declarou uma fonte do paddock quase deserto nesta segunda em Abu Dhabi, referindo-se ao chefe do 'Circo' da Fórmula 1.

Trata-se da terceira grande empresa a anunciar sua retirada da principal categoria do esporte automotivo em menos de um ano, depois da escuderia Honda em dezembro de 2008 e da equipe BMW em julho de 2009.

A Bridgestone, que continuará presente na MotoGP e na GP2, entrou para a Fórmula 1 em 1998 e ganhou um total de 156 corridas, apesar de em muitas ser basicamente a única fornecedora. Competiu com a Goodyear em 1998 e com a Michelin entre 2001 e 2006, antes de assinar um contrato exclusivo de três anos.

Em 2005, a Michelin venceu todas as corridas e a Bridgestone apenas uma: o polêmico Grande Prêmio de Indianápolis, do qual se retiraram todos os carros que usavam o pneu da empresa francesa.

Naquele ano, a norma proibia a parada nos boxes para trocar de pneus durante a corrida, salvo por motivos de segurança, e por isso os pneus deviam durar uma corrida inteira.

Os pneus da Michelin eram superiores, mas não eram considerados suficientemente estáveis e seguros para o circuito norte-americano e apenas seis pilotos em três equipes correram a corrida vencida pelo alemão Michael Schumacher.

A Federação Internacional do Automóvel (FIA) criticou a atitude da Michelin, que se retirou ao fim da temporada seguinte por não concordar com a decisão de reintroduzir as paradas nos boxes para a troca de pneus, além de desistir de ser o único fornecedor.

Se a Michelin continuar interessada apenas numa "guerra de pneus", provavelmente não estará na lista de candidatos a substituir a Bridgestone em 2011, ao passo que a Goodyear, vencedora de 368 corridas de 1965 a 1998, gostaria de voltar atraída pela chegada da nova escuderia norte-americana USF1.

Dunlop e Pirelli são outras possíveis candidatas.

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