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Quinta-feira, 02 de maio de 2024

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Setores do PSDB pedem cabeça de marqueteiro de Serra

O PSDB ainda não definiu seu candidato para a corrida eleitoral de 2010, mas ninhos tucanos já começaram a tramar contra Luiz González, marqueteiro de confiança do governador José Serra.


O pré-candidato teria sido cobrado por aliados a dispensar os futuros serviços de seu estrategista, disseram duas altas fontes do partido, caso decida disputar a sucessão.

Há diversos argumentos na mesa contra González, todos eles já verbalizados em conversas com o governador, resistente à ofensiva. Eis os principais: é centralizador, ignora as sugestões de políticos e, o mais grave, "não entende do resto do Brasil". Procurado, ele não quis fazer comentários.

O fato é que González conseguiu elevado índice de sucesso em eleições paulistas. Não conseguiu eleger Geraldo Alckmin presidente em 2006, mas fez as campanhas vitoriosas de Serra ao Senado, à prefeitura de São Paulo e ao governo paulista.

Também coordenou a operação publicitária que elegeu o então desconhecido Gilberto Kassab ao comando da cidade de São Paulo, em 2008. Sua empresa, a agência Lua Branca, detém os contratos dos dois Executivos e um histórico bem-sucedido na relação com o PSDB paulista.

"Numa campanha majoritária, o marqueteiro não é tudo, mas é quase tudo. Não podemos errar", disse o deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), aconselhando uma escolha meticulosa.

"A Executiva Nacional e o candidato a presidente precisam escolher um profissional de marketing que entenda de Brasil como um todo, que o discurso feito para o Nordeste seja comum aos discursos do Sul e Sudeste", acrescentou o deputado, envolvido nas discussões sobre a sucessão dentro da legenda.

A insatisfação não é nova, remonta à derrota do partido pelo PT na campanha nacional passada.

"Não ouve ninguém, não entende de Brasil. Há uma insatisfação geral no PSDB. Só o Serra gosta dele", disse um senador tucano sob compromisso do anonimato.

Recentemente, o incômodo transformou-se em pressão por sua saída.

Em uma ruidosa entrevista ao jornal "Valor Econômico", González reclamou da desarticulação de políticos tucanos para contra-atacar o governo na disputa presidencial de 2006, citando nominalmente o atual presidente da sigla, senador Sérgio Guerra (PE), na época coordenador-geral da campanha do candidato Geraldo Alckmin, e o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), então no comando do partido e de quem seria suposto desafeto.
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