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Quinta-feira, 02 de maio de 2024

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Metas do Brasil para Conferência do Clima emperram por falta de consenso

Sem conseguir entrar em consenso, o governo pode não detalhar em números as metas de redução de gases poluentes que estão sendo discutidas para serem apresentadas, em dezembro, durante a Conferência da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre Mudanças Climáticas, em Copenhague.


Diante da resistência dos países ricos em mostrar metas mais ousadas para a queda do lançamento de CO2, o governo deve elaborar um documento apenas com as linhas gerais das medidas que devem ser adotadas até 2020. O Ministério do Meio Ambiente defende redução de 40% das emissões nacionais até esse prazo --mas enfrenta resistências do Ministério da Ciência e Tecnologia e do Itamaraty.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu nesta terça-feira por mais de três horas com representantes das áreas ambiental e econômica do governo para avaliar quanto o país está disposto a reduzir das emissões nacionais de gases de efeito estufa em relação à tendência atual de crescimento. No encontro, os integrantes do governo não chegaram a um entendimento. O presidente deu um prazo até o próximo dia 14 para que os ministros tentem fechar uma proposta.

"O Brasil vai colocar para si os objetivos. Nós vamos tomar medidas em várias outras áreas além da redução do desmatamento da Amazônia. Em nenhum dos casos nós vamos ter condições de quantificar todas as características, se vai ter ou não financiamento, algum recurso de algum fundo. O que dá para perceber é que uma parte exige poucos recursos externos, outras partes mais. Então não aguarde para o dia 14 um nível de detalhamento numérico porque nós não temos esse objetivo", disse.

No governo, há consenso sobre a redução do desmatamento da Amazônia em 80% até 2020, que pode levar a uma redução de 20% ou 580 milhões de toneladas de CO2. Agora, o governo estuda como alcançar os outros 20% em cenários de crescimento econômico de 4%, 5% ou 6% ao ano. Seriam estabelecidas contrapartidas dos setores de agropecuária, siderurgia, energia e transporte, além de proteção a outros biomas, como Cerrado.

Segundo Dilma, por exemplo, seria concedido um incentivo fiscal ou financeiro para que as empresas siderúrgicas troquem o uso do carvão mineral por carvão vegetal sustentável. As arvores utilizadas na produção seriam plantadas e não mais retiradas de mata nativas.

O ministro Celso Amorim (Relações Exteriores) minimizou a falta de um percentual. "O nosso corte na Amazônia representa mais de um quinto de todos os países e um pouco maior do que a dos americanos na melhor das hipóteses", disse.
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