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Sexta-feira, 17 de maio de 2024

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Azeredo diz que Lula recebeu tratamento diferenciado do Judiciário e nega conhecer mensalão

Pouco antes de o STF (Supremo Tribunal Federal) retomar o julgamento do chamado mensalão mineiro, o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) disse nesta quinta-feira que considera "estranho" ter a possibilidade de se tornar réu, uma vez que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sofreu acusações semelhantes e recebeu tratamento diferenciado do Judiciário.


Azeredo disse que da mesma forma que ele, como governador, não sabia do suposto esquema de arrecadação ilegal de recursos para sua campanha de reeleição ao governo de Minas Gerais em 1998, o presidente Lula também alegou desconhecimento da suposta compra de votos de parlamentares em troca de apoio em votações de interesse do Executivo no Congresso.

"Eu acho estranho. Estranho. Não vou entrar no mérito da outra questão, mas a situação é muito semelhante. Eu era governador, uma campanha descentralizada, com delegações de poderes, e o presidente Lula também concorreu em situações semelhantes. E ele não recebeu nenhum inquérito a esse respeito", disse.

O senador afirmou que não tinha conhecimento de que o governo de Minas Gerais tinha autorizado patrocínios esportivos.

"Eu não autorizei os patrocínios mencionados e não há documento que comprove o contrário são patrocínios realizados por estatais e o ministro imputa a responsabilidade a mim", disse.

Segundo a denúncia, foram desviados R$ 3,5 milhões --por meio de contratos de publicidade firmados com empresas como a Copasa (Companhia de Saneamento de Minas Gerais), Comig (Companhia Mineradora de Minas Gerais) e Bemge (Banco do Estado de Minas Gerais) pela SMPB, agência de Marcos Valério (apontado como o operador dos dois mensalões)-- para financiar a campanha de Azeredo.

O esquema envolveu patrocínio de três eventos esportivos, entre eles o Enduro Internacional da Independência, que recebeu R$ 1,5 milhão da Copasa e mais R$ 1,5 milhão da Comig. Dos R$ 3 milhões, apenas R$ 98 mil foram realmente aplicados no patrocínio, o restante foi parar nas contas das empresas de publicidade de Marcos Valério e na campanha de Azeredo.

Segundo o Ministério Público Federal, o mensalão mineiro é considerado o embrião do mensalão federal, esquema organizado pelo PT de pagamento de propina em troca de apoio parlamentar e que transformou 39 acusados em réus.
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