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Quinta-feira, 16 de maio de 2024

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São Cristóvão

Quadrilha só usava aviões para trazer droga da Bolívia para o Brasil

Foto: Lucas Bólico - OD

Oslaim Santana, superintendente da PF, e delegado Fernando Salomão, responsável pela operação

Oslaim Santana, superintendente da PF, e delegado Fernando Salomão, responsável pela operação

A quadrilha desarticulada pela Polícia Federal nesta sexta-feira (6) na Operação São Cristóvão trazia a droga da Bolívia via aérea. Uma das apreensões foi feita em maio deste ano em Nova Lacerda, quando um avião caiu e mais de 30 quilos foram apreendidos. Além disso, o empresário Rondon Said Neto, acusado de liderar o grupo, foi preso em junho com 40 quilos de cocaína na cidade de Poá, em São Paulo.


Desde junho, quando Rondon foi preso, sua esposa assumiu o comando da quadrilha especializada em receptação de carretas roubadas e tráfico internacional de drogas. A mulher foi presa nesta sexta-feira (6) em Cuiabá. Um agiota, responsável por financiar o tráfico, também foi preso pela Polícia Federal e na residência dele foram encontradas armas de calibre restrito e R$ 250 mil em dinheiro.

De acordo com o superintendente da Polícia Federal, Oslaim Campos Santana, em uma das ações da quadrilha foi realizado um empréstimo de R$ 1 milhão, utilizado para a compra de drogas na Bolívia. "O que chamou a atenção da polícia é que ele só trabalhava com dinheiro em espécie, em 'cash'", afirmou em entrevista coletiva concedida nesta tarde.

A quadrilha era dividida em grupos. Um deles atuava em São Paulo e era responsável por receptar as carretas roubadas, falsificar os documentos dos veículos e adulterar chassi e placa. "A polícia detectou quatro carretas distintas com a mesma placa passando na fronteira", revelou o superintendente.

O delegado responsável por coordenar a operação, Fernando Salomão, explicou que as carretas eram adulteradas e levadas para a Bolívia, onde eram comercializadas por R$ 150 mil. O dinheiro era utilizado para a compra de droga e algumas vezes os caminhões eram trocados por drogas.

A quadrilha também utiliza empresas fantasmas para lavagem de dinheiro, tais como: oficinas, estacionamentos, madeireiras, confecções de placa de veículos, guincho, ração e posto de combustível.

Somente hoje, durante a operação, a PF apreendeu R$ 250 mil, sete carretas, cinco armas, três veículos e uma moto. As investigações começaram em 2008 e já levaram à apreensão de mais de 230 quilos de cocaína, sendo 160 quilos em Jales (SP), além de 30 quilos em Nova Lacerda e outros 40 quilos com o empresário em Poá.

Os nomes dos demais envolvidos não foram divulgados pela PF.
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