Em um mês marcado pela taxação de investidores estrangeiros e pelo IPO (Oferta Pública Inicial de Ações, na sigla em inglês), a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) bateu uma série de recordes históricos em outubro, informou a BM&FBovespa nesta sexta-feira.
Entre os recordes batidos estão os de movimentação financeira, de negócios realizados e de participação de investidores estrangeiros.
O volume financeiro total de outubro foi de R$ 154,25 bilhões (média diária de R$ 7,34 bilhões), com 9,161 milhões de negócios realizados (média diária de 436,3 mil negócios).
As ações com maiores movimentações no mês foram as preferenciais classe A da Vale (R$ 15,05 bilhões), as preferenciais da Petrobras (R$ 12,77 bilhões) e do Itaú-Unibanco (R$ 5,26 bilhões) e as ordinárias da BM&FBovespa (R$ 5,23 bilhões) e da OGX (R$ 5,16 bilhões).
Entre as ações listadas no Ibovespa (Índice Bovespa, principal indicador da Bolsa paulista), as maiores altas foram as ordinárias da CCR (14,81%), as preferenciais da Bradespar (11,81%) e as preferenciais da Gerdau (10,74%). As maiores baixas foram das ordinárias da Rossi Residencial (-17,26%), das preferenciais classe B da Aracruz (-16,71%) e das ordinárias da VCP (-16,41%).
O valor de mercado das das 387 empresas com ações listadas na Bovespa atingiu R$ 2,11 trilhões no final de outubro, contra R$ 2,09 trilhões de 386 empresas em setembro.
Estrangeiros
Apesar de terem sido taxados em 2% de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) no início do mês, os investidores estrangeiros ampliaram em outubro sua participação no volume financeiro a nível recorde, chegando a 33,67% do total.
Em seguida ficaram as pessoas físicas (30,53%), investidores institucionais (24,8%), instituições financeiras (8,99%), empresas (1,95%) e outros (0,06%).
No acumulado do ano, o fluxo de investidores estrangeiros na Bovespa está positivo em R$ 32,887 bilhões --sendo R$ 13,736 bilhões em aquisições em ofertas públicas e R$ 19,151 bilhões na negociação diária.