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Quarta-feira, 08 de maio de 2024

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Base estende para outra comissão do Senado convite a Dilma e Lobão para falar de apagão

A base aliada lançou mão nesta terça-feira de uma manobra e conseguiu blindar pela segunda vez a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) de dar explicações no Congresso sobre o apagão elétrico que atingiu 18 Estados na semana passada.


O senador Delcídio Amaral (PT-MS) assumiu a presidência da CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) e segurou a votação de um requerimento apresentado pelos oposicionistas --que pedia a convocação de Dilma e do ministro Edison Lobão (Minas e Energia) para falar sobre o blecaute-- até que os integrantes governistas fossem maioria.

Com a rejeição do requerimento da oposição, a base aliada aprovou um requerimento de Delcídio que estende para a CAE o convite aprovado ontem na Comissão de Infraestrutura para que Dilma, Lobão e mais 18 pessoas ligadas ao setor elétrico falem no Congresso sobre o apagão. A audiência será conjunta entre as duas comissões.

O líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), acusou os governistas de trabalharem para esconder o apagão.

"O líder do governo ofereceu a sugestão de ouvir os técnicos para fazer blindagem política ao problema. Não se fala mais em apagão, como diz o Lobão. Vamos trazer multidão, fazer um comício com informações técnicas que têm que ser produzidas por equipe técnica isenta, e ouvirmos as posições políticas do governo. Fora disso, estamos prestando um desserviço ao país, colocando a questão do apagão debaixo do tapete", disse.

Delcídio disse que a oposição pretende politizar o assunto, mas tem que ser tratado tecnicamente. "Ninguém está querendo esconder nada. Aqui ninguém quer brincar, nem jogar essa questão do apagão para debaixo do tapete. Nós não podemos chamar um ministro para explicar um desligamento, se houve curto-circuito. O ministro vem falar do marco regulatório, da leitura dele como dirigente maior da área. A Dilma vem falar de uma estrutura maior, e os técnicos sim vão falar das causas, da parte funcional das usinas", disse.

O debate na Comissão de Infraestrutura, no entanto, foi preparado para esvaziar a tentativa da oposição de explorar politicamente a falha na distribuição de energia. Ficou acertada apenas uma audiência, prevista para o próximo dia 26, quando serão ouvidos técnicos como o presidente do ONS (Operador Nacional do Sistema), Hermes Chipp, presidente da Aneel, Nelson Hubner, e especialistas.

Na prática, a presença dos ministros ainda é dúvida porque não foi marcada a data para a audiência e se trata de um convite que pode ser recusado sem grandes justificativas.
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