A pressão do governo não conseguiu agilizar a liberação da licença prévia para construção da usina de Belo Monte, no rio Xingu (PA), projeto que está na gaveta há mais de 20 anos e tem oposição de ambientalistas.
Com o leilão marcado para 21 de dezembro, o governo corre contra o tempo para poder viabilizar a obra que é fundamental para segurança do abastecimento de energia no país, segundo o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão.
Para que a data seja cumprida, o edital precisa sair até o próximo dia 21, ou seja, se a licença demorar, Belo Monte poderá ficar para 2010, já que leilão seria atropelado pelas festas do final de ano.
Tanto Lobão como o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, garantiram na sexta-feira passada que a licença prévia sairia na segunda-feira, dia 16, o que não ocorreu.
Segundo a assessoria do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), os técnicos ainda não entregaram os pareceres para a liberação da licença. "Estão aprofundando a análise e nos próximos dias deve sair", disse uma assessora.
Perguntada se a licença poderia sair de forma provisória, apenas para viabilizar o leilão de Belo Monte, a assessora disse que "o presidente do Ibama pediu apreciação com rigor", e que a licença seguirá os moldes das demais concedidas.
Na segunda-feira, o ministro Lobão insistiu que a licença