O plenário da Câmara encerrou nesta terça-feira a discussão do projeto de lei que cria a Petro-Sal, adiando a votação da matéria para a quarta. A Petro-Sal será a empresa estatal que gerenciará a exploração do petróleo da camada pré-sal.
Esse é o primeiro dos quatro projetos do novo marco regulatório do setor a ser apreciado pelo plenário da Casa. Ela é a proposta que integra o novo modelo considerada menos polêmica.
Por isso, o governo aceitou a ideia da oposição, que tenta obstruir a votação, de iniciar por ela a votação dos projetos do pré-sal. Resta ainda a análise do projeto que estabelece o regime de partilha, a criação do fundo social e a capitalização da Petrobras. O Senado também votará as matérias.
Crítico da criação da nova estatal, o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) afirmou que a iniciativa é uma tentativa do governo de aumentar a intervenção do Estado na economia.
"A Petro-Sal é um retrocesso conceitual...vai virar um cabide de empregos", disse o parlamentar em discurso durante a sessão.
A base aliada, no entanto, defendeu a matéria. Para os governistas, a gestão do pré-sal é uma questão estratégica que deve ficar nas mãos do Estado.
"O nosso governo está enterrando o discurso do Estado mínimo e da privatização", rebateu o deputado José Genoino (PT-SP).