"Não tem segredo no futebol. Com a repetição, você chega à perfeição", disse o treinador, que deveria prestar atenção nos números das partidas contra Inglaterra e Omã para fazer seus jogadores praticarem finalizações. Na excursão pelo Oriente Médio, a seleção criou muito, mas foi um desastre na hora de concluir.

Segundo o Datafolha, o Brasil teve 40 finalizações, mas só 12, ou 30% tiveram a direção certa. Isso colocaria a seleção, por exemplo, entre os últimos colocados no ranking desse fundamento no Brasileiro-09.

Alguns dos principais destaques negativos foram as novas apostas do treinador.

Contra Inglaterra e Omã, Hulk fez três conclusões, e todas elas foram para fora.

Nos treinos de repetição, Dunga também terá trabalho com sua defesa. Mesmo contra a frágil equipe de Omã, Júlio César, o único brasileiro a atuar nas 17 partidas do time em 2009, teve de fazer quatro defesas. "Precisamos treinar para a bola não chegar tanto", falou.

Para Dunga, os momentos de pressão aconteceram por causa da qualidade de Omã. "Eles tiveram muita disciplina tática. Desde o início até o final fizeram o que o treinador pediu", falou o brasileiro, que repetiu sua frase padrão para justificar o "poderio" de um rival.

"Eles têm muitos jogadores que atuam na Europa hoje", falou o treinador, que disse ter conversados nos últimos dias com Ricardo Teixeira sobre onde o Brasil vai treinar na África antes e durante a Copa.