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Sexta-feira, 10 de maio de 2024

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Lula defende aumento de competitividade da produção argentina

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje, durante almoço de recepção à presidente argentina, Cristina Kirchner, que o caminho a seguir para azeitar as relações comerciais entre Brasil e Argentina é "o incremento das exportações argentinas, não a diminuição das exportações brasileiras".


Para tanto, o governo apoiará esforços de longo prazo para aumentar a competitividade do parque produtivo argentino. "A resposta à crise deve ser mais comércio e investimentos", afirmou o presidente.

Para garantir a fluidez do comércio, os dois países estabeleceram um canal permanente de diálogo de alto nível, com reuniões dos presidentes a cada 90 dias. Antes, os encontros bilaterais eram feitos a cada seis meses, e reuniões ministeriais a cada 45 dias.

"A despeito de dificuldades, que alguns tentam exagerar, estamos maduros para enfrentar, de forma solidária e coordenada, os desafios que devem nos unir, jamais nos separar", disse o presidente.

Lula reforçou que o Brasil é o principal mercado para os produtos industrializados argentinos, e que há o desafio de retomar e superar os níveis de comércio anteriores à crise.

O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, disse ver com bons olhos a criação do grupo de trabalho. "O presidente Lula censurou o protecionismo e eu escutei isso como um bom recado. Agora o resultado do que aconteceu aqui só vai ser visto nos próximos dias dependendo das ações do governo argentino", disse.

Clima

Os presidentes se comprometeram ainda a exigir das nações industrializadas metas ambiciosas à Conferência de Copenhague sobre o clima, e apoio financeiro e tecnológico aos países que são maiores vítimas do aquecimento global.

Os líderes expressaram também preocupação com a presença na região de base militar "de potência extrarregional", referência às bases americanas na Colômbia, "situação que é incompatível com os princípios de respeito à soberania e à integridade territorial dos Estados da região", diz a declaração conjunta dos dois presidentes.

Acordos

Lula e Cristina Kirchner assinaram durante o encontro cinco acordos de cooperação nas áreas de saúde, energia e turismo.

Um dos acordos visa reforçar convênio de cooperação entre a empresa argentina Ebisa (Emprendimientos Energéticos Binacionales) e Eletrobrás (Centrais Elétricas Brasileiras) para construção de uma hidrelétrica binacional de Garabi.

Os ministros Celso Amorim (Relações Exteriores), Miguel Jorge (Indústria e Desenvolvimento), Guido Mantega (Fazenda), Helio Costa (Comunicações), Edson Lobão (Minas e Energia) e o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, estão presentes no almoço que está sendo realizado para a recepção da presidente argentina.
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