Ao invés de estado devastador e pouco preocupado com a preservação ambiental, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuário do Estado (Famato), Rui Prado, insiste em um Mato Grosso como exemplo a ser seguido pelo resto do Brasil. Segundo números que ele mesmo apresentou a comissão especial para elaborar o novo Código Florestal, 64% do território estadual está na condição de área de preservação ambiental.
Segundo o presidente da federação, esse número mostra que os ambientalistas críticos à Mato Grosso estão errados e, ou seus ideais são movidos por interesses externos. “Nós estamos fazendo nossa parte!”, exclamou Prado, o qual diz que 43% de todo território do estado é preservado por produtores, enquanto apenas 21% é utilizado para produção agropecuária.
Para reforçar a tese de que os ruralistas tem cumprido com suas obrigações ambientais, Prado apresentou mais dados. Dessa vez, os números apontaram um aumento de 28% na produção agrícola mesmo com a redução de 8% na área utilizada entre os anos de 2005 e 2009.
Além disso, entre 2000 e 2008 a área de pastagem bovina cresceu 9% enquanto o rebanho aumentou em 38%. "Não precisamos devastar mais. Só precisamos elevar nossa produtividade e estamos fazendo isso", afirmou, enquanto o relator da comissão especial, Aldo Rebello (PC do B-SP), e o 2º vice presidente, Homero Pereira (PR), acompanhavam atentamente a apreentação.
Rui Prado também mostrou números da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) onde alimentos e demanda humana andam lado a lado. Contudo, o mesmo relatório indica a necessidade de aumentar toda produção em 50% até 2030.
Com esses argumentos, o presidente da Famato voltou a pedir pela consolidação das áreas produtivas, como em várias outras oportunidades e como várias outras autoridades já o fizeram. Segundo ele, não há sentido social, visto que geraria desempredo, e nem mesmo sentido ambiental, já que não será possivel recuperar a área como era originalmente."Não faz sentido transforma área produtiva em mato de novo."
