A governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), criou neste domingo uma força-tarefa para auxiliar os municípios prejudicados pelas chuvas que atingem o Estado desde a semana passada, matando sete pessoas e deixando outras 7.000 desabrigadas ou desalojadas.

A força-tarefa será formada por integrantes de várias secretarias do Estado. Hoje, 14 secretários já se reuniram para discutir as medidas emergenciais. Yeda também confirmou hoje a liberação de R$ 2 milhões para reconstrução de escolas.

"O fenômeno climático exige ainda mais foco do governo na busca de soluções. Com a força-tarefa, a ajuda chegará mais rapidamente", afirmou Yeda, por meio de sua assessoria.

Esta é a segunda vez que o governo gaúcho cria uma força-tarefa. A primeira foi em 2007, quando o Estado foi castigado por uma seca.

O governo ainda não tem uma previsão dos prejuízos porque muitas cidades ainda estão inundadas, principalmente na região sul e no litoral norte do Estado. A estimativa inicial é que pelo menos 15 mil casas tenham sido danificadas pelas chuvas.

As pancadas de chuvas que atingem a região Sul do país desde o início da semana já fizeram 28 cidades decretarem situação de emergência no Rio Grande do Sul. Porém, a previsão é que esse número suba para 40 até o fim da semana. Outros municípios já avaliam os prejuízos para oficializar o pedido.

Segundo informações da Defesa Civil, os três últimos municípios a decretarem situação de emergência foram São Jerônimo, Sapucaia do Sul e Balneário Pinhal. Apesar de o total de cidades com o decreto em vigor ser de 28, apenas 13 foram decretados neste mês. Com o reconhecimento da situação de emergência, um município pode fazer compras sem licitação, entre outras facilidades.

A Defesa Civil ainda apontava cerca de 7.000 pessoas fora de suas casas no Estado, sendo 6.000 desalojados ---estão hospedados em casas de parentes e amigos-- e cerca de 1.000 desabrigados, ou seja, dependem de abrigos públicos. Nos últimos dias, o total de pessoas fora de casa devido aos temporais chegou a ser de 30 mil.

A chuva também prejudicou o fornecimento de energia elétrica no Rio Grande do Sul. A estimativa é que cerca de 47 mil casas estejam sem luz. O problema se agravou na madrugada deste domingo quando um temporal derrubou duas torres de transmissão na região central do Estado e afetou cerca de 10 mil residências só na cidade de São Pedro do Sul.

Segundo a AES-Sul, responsável pela distribuição na região, as torres já estão sendo reconstruídas e a previsão é que a energia volte ao normal ainda hoje. O litoral norte do Estado e a região metropolitana de Porto Alegre também ainda estão sem luz.