O empresário e presidente da Fiemt (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso), Mauro Mendes (PSB), acredita que a política de incentivos fiscais e de atração de investimentos do governo estadual precisa ser revista e pode ser melhorada. A afirmação foi feita durante entrevista nesta quarta-feira (25), ocasião em que o presidente apresentou estudo sobre a evolução da indústria mato-grossense nos últimos 10 anos.

Mendes ressalta que Mato Grosso tem um dos maiores ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) de energia elétrica de todo o país. “Isso onera muito a criação de indústrias aqui. Dificulta a competitividade”, pontua.

Gustavo de Oliveira, diretor do regional do IEL (Instituto Euvaldo Lodi), acrescenta que o ICMS “pesa muito” no Estado, mas que outro fator importante na questão é o modelo tributário brasileiro, extremamente oneroso e que concentra a maior parte dos impostos para o governo federal.

Oliveira ressalta os números apresentados sobre a evolução da indústria e cita que a economia do Estado cresceu 309% entre 1999 e 2008, a indústria evoluiu 201% no mesmo período, enquanto que a arrecadação de ICMS da indústria teve aumento de 791% entre os mesmos anos.

“Os números mostram que a carga tributária cresce desproporcionalmente ao crescimento da economia e da indústria. A carga tributária deve ser revista no Estado se quiserem que a indústria sobreviva”, analisa Gustavo Oliveira.