Olhar Direto

Segunda-feira, 06 de maio de 2024

Notícias | Agronegócios

Acrimat alerta para o perigo da união de ONGs, frigoríficos e varejo

A Associação dos Criadores de Mato Grosso – Acrimat está em estado de alerta quanto ao rumo das negociações comerciais entre o G5, formado pelos cinco maiores frigoríficos do País (JBS, Bertin, Marfrig, Minerva e Frigol), uma Organização Não Governamental (ONG) e a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), para a certificação de origem da carne no Brasil. “É muito perigoso e assustador saber que os cinco maiores frigoríficos do País, sejam pautados por uma ONG, e pressionados pelo setor varejista, alegando preocupação ambiental, mas com nítido interesse comercial”, disse o superintendente da Acrimat, Luciano Vacari. “Se o G5 se reúne para ditar regras de certificação, quem nos garante que não se reúnem também para combinar escala de compra de gado, preço de arroba, distribuição de carne? Isso nos faz lembrar as ações de cartéis e a conta final quem paga é o consumidor e o pecuarista”, comentou.


As constantes notícias das negociações entre os três setores estão causando revolta entre os produtores de Mato Grosso. O representante da região do Arinos no Norte de Mato Grosso, Luis Fernando Conte, diz que considera “ultrajante que frigoríficos, ONGs e Associação Brasileira de Supermercados (Abras) façam acordos sem a participação do segmento produtivo , uma vez que este é quem impulsiona toda a atividade” . Para ele, está havendo uma “inversão de valores nesse debate já que estamos assistindo grandes grupos frigoríficos, Ongs e a Abras darem as cartas, ditando regras e nos impondo normas de maneira que a nós pecuaristas, resta apenas o ônus ambiental”. Fernando Conte ainda ressalta que “é preciso que haja uma conscientização no sentido de alertar aos três segmentos, que carne não nasce em câmaras frias, escritórios de engravatados e muito menos em gôndolas de supermercado. Creio que mais uma vez que estamos diante do atropelo do bom senso, caminhando a passos largos para o ‘fim da picada’”.

Para a Acrimat, a situação torna-se mais grave quando se sabe que a certificação de origem da carne é uma pauta do GT Sustentável, mas que não está se posicionando e nem ocupando este espaço. “O GT Sustentável é fórum nacional que reúne representantes de toda cadeia produtiva da carne, inclusive os cinco maiores frigoríficos do país, ONGs e varejistas. Enquanto isso, movimentos paralelos, com participação dos próprios membros do GT da Pecuária Sustentável, ditam regras para os demais seguirem. A Acrimat participa desse fórum e tem cobrado um posicionamento firme de enquadrar seus membros a um comportamento único e responsável, pois hoje o que acontece, é que esse movimento paralelo fala uma coisa nas reuniões e outra fora, usando de forma espúria, um assunto tão sério”, disse Luciano Vacari. “Até quando vamos brincar de encontrar alternativas viáveis e baseadas em fatos científicos para uma produção sustentável? Hoje essa ONG que quer ditar regras para o setor, não constrói nada, só critica simplesmente para justificar os recursos que recebe. O produtor sabe muito bem dos seus deveres, mas não aceita ser pautados por inconsequentes”, reagiu o superintendente da Acrimat.
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