A universitária Geisy Arruda, 20, que em outubro foi hostilizada nos corredores da Uniban por usar um microvestido rosa, presta depoimento na tarde desta quinta-feira na (Delegacia de Defesa da Mulher) de São Bernardo do Campo (Grande São Paulo).

O depoimento deveria ter ocorrido no último dia 16, mas foi adiado para hoje por falta de detalhes sobre a sindicância realizada pela Unibanpor falta de detalhes sobre a sindicância realizada pela Uniban. 

Os advogados da estudante afirmam que aguardam manifestação da Uniban sobre o caso. "A delegada já ouviu uma testemunha muito importante, hoje a Geisy reforçará em depoimento as agressões que sofreu e a Uniban não poderá mais adiar a entrega dos documentos referentes à sindicância realizada internamente", disse o advogado Marcelo Chilelli, por meio de sua assessoria.

De acordo com a defesa da universitária, a investigação ocorre desde o dia 9 de novembro, e o inquérito policial se os responsáveis pelas agressões cometeram ao menos sete crimes: ato obsceno, cárcere privado, ameaça, constrangimento ilegal, incitação ao crime, injúria e difamação.

O depoimento de Geisy começou por volta das 13h40, de acordo com a Secretaria da Segurança. Ela é ouvida pela delegada Ângela de Andrade Ferreira Ballarini.

Inquérito

Geisy foi xingada nos corredores da universidade no dia 22 de outubro; o tumulto foi filmado, e os vídeos acabaram na internet.

Os advogados da aluna procuraram a DDM para pedir a abertura de um inquérito policial sobre o caso e, o inquérito instaurado aponta indícios de que tenha havido sete crimes: difamação, injúria, ameaça, constrangimento ilegal, cárcere privado, ato obsceno e incitação ao crime, segundo a defesa de Geisy.

Após o tumulto, a Uniban divulgou um anúncio no qual informava que a aluna havia sido expulsa. A decisão, no entanto, foi revogada dias depois.