Agricultores do Paraná estão entusiasmados com a criação do bicho-da-seda. O preço pago pelo casulo aumentou e a produção segue acelerada. No município de Nova Esperança, no noroeste do Estado, a atividade garante trabalho e renda pra muita gente.

É trabalho para toda a família. A união rende bons lucros. O sítio é considerado campeão de produtividade. São mais de 1,4 quilos de casulos por hectare. Na maioria das propriedades a produção não passa de 700 quilos. Para chegar a esse recorde, o criador Antônio Dosso se esforçam para manter as folhas das amoreiras fresquinhas. Esse é o único alimento da lagarta. São mais de 20 anos investindo no bicho-da-seda.

Das centenas de barrocões sai a maior produção de fios de seda do Brasil. Só de Nova Esperança, no noroeste do Paraná, são 600 mil quilos de caju por ano. O bicho-da-seda é responsável pelo sustento de mais de 4,5 mil famílias em todo o Estado.

Nas caixas as lagartas tecem o fio. Elas trabalham rapidamente. Em sete dias, o casulo está pronto. Quanto melhor a qualidade do fio, mais dinheiro no bolso dos produtores. Hoje, o mercado paga uma média de R$ 7,00 por um quilo de casulo.

O criador Aristeu Zaninello trata com cuidado as 40 mil lagartas dentro do barracão. O sítio é pequeno, mas é com o bicho-da-seda que ele consegue sustentar a família. “É a melhor coisa que tem. Nada da igual para quem tem a área pequena de chão. Em dois ou três alqueires de terra você não faz nada”, disse.

Os casulos produzidos no Paraná viajam o mundo todo. É qualidade conquistada através de tecnologia e investimento na capacitação dos produtores.

“Tem o acompanhamento técnico durante a criada. Quando o produtor necessita, o técnico orienta. Devido ao uso dessas técnicas, a gente consegue produzir os melhores fios do mundo, com qualidade”, concluiu Roberto Caloi, técnico de indústria têxtil.

O Paraná é responsável por 92% da produção nacional de bicho-da-seda.