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novo erro do hino ?

Fafá 'erra' Hino Nacional duas vezes na posse da nova diretoria da Fiemt

26 Nov 2009 - 23:58

Da Redação - Marcos Coutinho e Alline Marques

Convidada especial da posse do presidente reeleito da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), o empresário Mauro Mendes (do PSB e dono da Bimetal), a cantora paraense Fafá de Belém errou por duas vezes seguidas a letra do Hino Nacional Brasileiro, em solenidade ocorrida na noite desta quinta-feira (26), no Buffet Leila Maluf.


No primeiro erro, Fafá de Belém se disse emocionada ao lembrar de quando esteve em Cuiabá, num comício de Tancredo Neves. "Me desculpe, mas me emocionei ao lembrar de quando estive nesta cidade para participar de um comício do nosso presidente Tancredo Neves e fomos rumo à vitória, saindo daqui para Pernambuco. Enquanto cantava, isso passou em minha cabeça", justificou-se.

Num infeliz comentário, Fafá ainda declarou: "Errei, mas não sou a Vanusa", ao relembrar o erro cometido pela cantora da Jovem Guarda, que em agosto foi notícia  depois de errar e desafinar enquanto cantava o Hino Nacional em um encontro de agentes públicos em São Paulo.

Ao recomeçar o hino, Fafá de Belém errou outra vez no mesmo trecho: "... Desafia o nosso peito a própria morte...". Mais uma vez a cantora desculpou-se com a plateia, porém desta vez ela continuou com a ajuda do público.

A cantora tinha uma ligação política muito forte com o ex-presidente Tancredo Neves. Ele foi eleito pelo Colégio Eleitoral no dia 15 de janeiro de 1985, recebendo 480 votos contra 180 dados a Paulo Maluf e 26 abstensões. Sua vitória foi entusiasticamante recebida pela população e é tida ainda hoje como uma das mais complexas e bem-sucedidas operações políticas na história política do Brasil.

Com uma agenda intensa de campanha, Tancredo Neves teve problemas de saúde e não resistiu. Na véspera da posse (14 de março de 1985), adoeceu com fortes dores abdominais sequenciais durante uma cerimônia religiosa no Santuário Dom Bosco. Foi às pressas internado no Hospital de Base de Brasília.

José Sarney assumiu a Presidência em 15 de março, aguardando o restabelecimento de Tancredo. Devido às complicações cirúrgicas ocorridas, o estado de saúde se agravou e ele teve de ser transferido em 26 de março para o Hospital das Clínicas de São Paulo. Durante todo o período em que ficou internado, Tancredo sofreu sete cirurgias. No entanto, em 21 de abril (na mesma data da morte de Tiradentes), Tancredo faleceu vítima de infecção generalizada, aos 75 anos. A morte de Tancredo foi tristemente anunciada pelo então porta-voz oficial da Presidência para a imprensa, Antônio Britto.

Nos bastidores, de acordo com fontes tucanas, Fafá teria dito que se emocionou ao lembrar dos eventos das Diretas Já, da qual foi uma das protagonistas justamente por entoar o Hino Nacional Brasileiro, cuja letra foi escrita por Joaquim Osório Duque Estrada (1870-1927) e musicada por Francisco Manuel da Silva (1795-1865). O "Hino Nacional" tornou-se oficial no dia 1º de setembro de 1971, pela Lei nº 5700.

Leia abaixo íntegra da letra do hino

Parte I

Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heróico o brado retumbante,
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da pátria nesse instante.
Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido
De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
A imagem do Cruzeiro resplandece.
Gigante pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil! Parte II

Deitado eternamente em berço esplêndido,
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!
Do que a terra, mais garrida,
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;
"Nossos bosques têm mais vida",
"Nossa vida" no teu seio "mais amores."
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro dessa flâmula
- "Paz no futuro e glória no passado."

Mas, se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!

Letra: Joaquim Osório Duque Estrada
Música: Francisco Manuel da Silva

Atualizado ortograficamente em conformidade com a Lei nº 5.765 de 1971, e com
o art. 3º da Convenção Ortográfica celebrada entre Brasil e Portugal. em 29/12/1943.


Primeira atualização às 4h15 de 27/11/2009 - Segunda atualização às 8h56

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