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Sábado, 27 de julho de 2024

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Bolsas europeias fecham em baixa após PIB dos EUA

As principais bolsas da Europa fecharam em baixa acentuada nesta sexta-feira, refletindo a deterioração do sentimento depois de um Produto Interno Bruto (PIB) revisado pior que o esperado dos EUA no quarto trimestre de 2008 e dos últimos desenvolvimentos com relação aos esforços para salvar o Citigroup, que repercutiram negativamente no setor bancário, segundo operadores e analistas. Destaque ainda para a fraqueza das ações de companhias farmacêuticas.


"Claramente, o contexto do mercado permanece de baixa. Estamos caminhando em direção às mínimas de 2003. Depois disso, a questão é se aquelas mínimas vão se manter ou não", disse Edmund Shing, estrategista do banco francês BNP Paribas. "O setor bancário continua a se contrair e eu penso que haverá mais baixas contábeis pela frente e, portanto, recapitalizações adicionais. Ainda existem muitas incertezas", acrescentou.

Em Londres, o índice FT-100 caiu 85,55 pontos (-2,18%) e fechou com 3.830,09 pontos; na semana, o índice acumulou uma queda de 1,52%. Em Paris, o índice CAC-40 recuou 42,36 pontos (-1,54%) e fechou com 2.702,48 pontos; na semana, o índice registrou uma perda de 1,75%. Em Frankfurt, o índice Xetra-Dax caiu 98,88 pontos (-2,51%) e fechou com 3.843,74 pontos; na semana, o índice teve uma desvalorização de 4,26%.

Corretores disseram que a diluição do valor de mercado do Citigroup - depois da troca de ações com o governo dos EUA - acrescentou mais incerteza com relação ao sistema bancário global. As ações do ING Groep caíram 11,38%, as do Deutsche Bank recuaram 5,11% e as do Société Générale fecharam em baixa de 4,88%.

Em Londres, as ações do Lloyds Banking Group despencaram 22,27% depois do banco ter falhado em fechar um acordo com o governo do Reino Unido, embora a instituição britânica tenha dito que está em negociações avançadas com relação a participação no programa de proteção de ativos do governo. O Lloyds também anunciou uma queda de 75% no lucro líquido em 2008.

No setor farmacêutico, as ações das companhias europeias reagiram ao projeto de orçamento da Casa Branca anunciado na quinta-feira, que prevê uma redução nos pagamentos aos planos de saúde privados. O plano da administração do presidente Barack Obama propõe novos gastos com tratamento de saúde, educação e outras prioridades no orçamento de US$ 3,6 trilhões para o ano fiscal 2010. As ações da Sanofi-Aventis caíram 3,93%, as da Novartis recuaram 6,49% e as da GlaxoSmithKline fecharam em baixa de 1,02%.

Por outro lado, os investidores continuaram a comemorar os lucros do setor de telecomunicações, com destaque para Deutsche Telekom que anunciou números acima do esperado pelo mercado e elevou a perspectiva para 2009. As ações da Telecom Italia subiram 0,31%, depois de também ter anunciado um sólido lucro no quarto trimestre.

Na Bolsa de Milão, o índice S&P/MIB caiu 382 pontos (-2,44%) e fechou com 15.282 pontos; na semana, o índice registrou uma queda de 1,60%. Em Madri, o índice Ibex-35 recuou 190,80 pontos (-2,44%) e fechou com 7.620,90 pontos; na semana, o índice registrou um ganho de 0,23%. Em Lisboa, o índice PSI-20 subiu 27,35 pontos (0,46%) e fechou com 6.003,75 pontos; na semana, o índice acumulou uma perda de 0,29%. As informações são da Dow Jones.
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