O senador Gilberto Goellner (DEM), que concedeu entrevista coletiva nesta segunda-feira (7) em Rondonópolis, ao lado do também senador democrata Jaime Campos, anunciou que deve deixar a vida pública a partir de 2010.

Goellner, que assumiu uma vaga no Senado Federal após a morte do então senador Jonas Pinheiro, em fevereiro de 2008, havia declarado em entrevista ao Olhar Direto, no mês de agosto, que poderia tentar a reeleição no pleito de 2010 ou ainda oferecer o cargo em negociação com outro partido.

Na verdade, após Goellner ter demonstrado que gostaria de abrir mão da reeleição, a cúpula do DEM pediu para que ele mantivesse a posição de disputa para que no momento oportuno pudesse oferecer a sua vaga como moeda de troca.

No entanto, o senador repensou e decidiu anunciar sua vontade de não concorrer a nenhum cargo eletivo e nem mesmo ao Senado, como poderia ocorrer naturalmente. Preocupado em não conseguir se manter atento às duas vias profissionais, Goellner decidiu que passará a cuidar apenas dos negócios particulares que mantém como empresário, principalmente no ramo do agronegócio, com o plantio de soja no estado. “Não quero mais deixar meus negócios de lado e, como não dá para conciliar tão bem os dois, tive que optar”, afirmou.

Já o senador Jaime Campos, que junto ao colega de partido Goellner anunciou emendas federais de quase R$ 10 milhões para Rondonópolis, afirmou ontem que existe a possibilidade de ele ser candidato no grupo do PSDB-DEM em Mato Grosso à sucessão do governador Blairo Maggi. “Isso vai depender das pesquisas até o começo do ano que vem e o nome que estiver melhor será o escolhido”, pontuou.

Ainda de acordo com Campos, algumas pesquisas sobre a corrida eleitoral para o governo já apontam o seu nome em uma posição melhor que a do prefeito tucano Wilson Santos, pré-candidato ao governo.