A população de Sinop está amedrontada com as oito mortes por dengue hemorrágica neste ano, na cidade. Como o Pronto Atendimento (PA) está sempre lotado, os que sentem sintomas da doença estão correndo para os laboratórios particulares. Em pelo menos dois deles chega a faltar o material específico para o exame da dengue.

Outro fato que preocupa é a constatação de que as três últimas mortes foram de moradores de centro da cidade. Ações chegaram a ser feitas em bairros, como coleta de entulhos e mutirões, mas na região central não houve mobilização.

“Estamos muito preocupados porque no centro de Sinop de cinco casas visitadas, quatro têm larvas do mosquito. Então precisamos urgente da mobilização da população”, alerta a bióloga Adriana, da Secretaria de Saúde, que ainda lembra: “pedimos também que os comerciantes sempre mantenham as lixeiras de fibra em frente de suas lojas limpas porque elas também estão se tornando criadouros”.

Em Sinop já são mais de 2,5 mil casos confirmados da doença. Nesta semana foi formado um comitê para desenvolver ações no intuito de diminuir os focos e quem está à frente do comando é o major bombeiro Héctor Péricles. Ele disse hoje a uma TV local que o trabalho será intensificado, já que o número de casos pode ser bem maior do que o oficial.

“A partir de janeiro vamos fazer ações simultâneas com mais de quatro mil pessoas engajadas no combate ao mosquito. Apesar dos números oficiais, Sinop pode ter mais de 10 mil casos de dengue, já que a cada um que procura os postos de saúde, outros três buscam o tratamento em casa mesmo após apresentarem os sintomas”.