O ex-ativista italiano Cesare Battisti, declarou hoje, ao depor na 2ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, que foi "mal assessorado" pelo deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), com quem mantinha contato quando chegou ao Brasil.

Battisti foi ouvido hoje no processo conduzido por Rodolfo Kronemberg Hartmann, juiz substituto da 2ª Vara Federal, que investiga se houve o crime de falsidade ideológica devido ao suposto uso de passaporte falso.

Em seu depoimento, que durou cerca de 40 minutos, o italiano afirmou ter sido mal assessorado" por Gabeira quando chegou ao Brasil em 2004, por isso, ele "nunca pediu refúgio".

Ex-ativista do grupo PAC (Proletários Armados pelo Comunismo), Battisti foi condenado na Itália por quatro homicídios cometidos na década de 1970. Foragido de seu país desde 1981, antes de vir ao Brasil, ele esteve no México e na França.

No último mês, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu a favor de sua extradição, como requere o Estado italiano. Na ocasião, o Supremo também declarou que o parecer final sobre o caso deveria ser ratificada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A participação de Battisti na audiência de hoje também foi possível após autorização do STF.