A equipe da Prefeitura de Porto Esperidião, a 663 quilômetros de Cuiabá, decidiu realizar a solenidade de inauguração do Centro de Atendimento Empresarial (CAE) embaixo de uma árvore. Só depois dos discursos é que o povo atravessou a rua, descerrou a placa e conheceu as instalações do CAE, composta por mesas, cadeiras e computadores.
O prefeito Martins Dias de Oliveira salientou que não importa o local da solenidade e sim os benefícios que esta ação da Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme) traz para a população de Porto Esperidião. “Vamos mudar a economia da cidade”, garante entusiasmado.
Uma das principais ações da Sicme, em 2009, foi a implantação de 27 CAES, que representa um posto da secretaria em cada município. Os primeiros inaugurados já estão funcionando como instrumento para capitalização de investimentos e incentivos fiscais. O secretário de Indústria, Comércio, Minas e Energia, Pedro Nadaf, ressalta que o projeto prevê a implantação de 40 unidades em todo o Estado. “No próximo ano implantaremos mais 13”.
O prefeito de Poxoréu a 251 quilômetros de Cuiabá, Rona Figueiredo Rocha diz que o município sofre com a queda da matriz econômica que era baseada nos garimpos. “A intenção é buscar novas ferramentas para o crescimento da economia regional. O importante é que já estamos colhendo os frutos da implantação do CAE em nossa cidade”.
Este projeto é uma parceria entre Governo do Estado de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme), prefeitura e Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/MT). “Entramos com os equipamentos, a prefeitura sede a sala e o Sebrae treina o profissional que atenderá os empresários”, explica Nadaf. “Nos últimos seis meses estes profissionais que, normalmente são funcionários de carreira das prefeituras já se reuniram três vezes para cursos de qualificação”, complementa.
Dificuldade para os integrantes da Cooperativa de Cotonicultores de Campo Verde (Cooperfibra) é o acesso às linhas de crédito. O presidente da cooperativa, Milton Garbugio acredita que o Centro é uma forma de estimular a ampliação das empresas já existentes nos municípios e uma ferramenta para captar novos empreendimentos.
O principal pré-requisito exigido pela Sicme para que o município receba o CAE é ter a Lei de Micro e Pequena Empresa aprovada pela Câmara Municipal e implantada. Nadaf destaca que o crescimento do Estado está baseado em políticas de desenvolvimento voltado para a população em geral. “Todo o Estado vem tendo mudanças no perfil econômico e estes Centros funcionam como um posto da Secretaria que vai auxiliar o empresário”.
Em Campo Novo do Parecis, o CAE além de fortalecer a atividade econômica, também terá um posto da Junta Comercial do Estado de Mato Grosso (Jucemat). “Este Centro vai dinamizar o trabalho não apenas por gerar informação, mas por formar o segmento com cursos e, assim, fortalecer a economia. Quem ganha é o empresário e, especialmente o empreendedor”, ressalta o prefeito Mauro Berf.
Marcelo Perini, empresário do ramo de papelaria acrescenta que este tipo de ação é a realização de um sonho antigo. “A Junta Comercial e o Centro Empresarial vão representar esforços para aperfeiçoar o atendimento na cidade, todos nós trabalhamos com um único objetivo: o de trazer infraestrutura para termos uma cidade melhor", revela Perini.
Já a empreendedora Maria Aparecida Souza, do setor de calçados, que vive no município de Alto Taquari, 479 quilômetros da Capital, acredita que a implantação do CAE representa mais que apenas uma fonte de informação. “É uma escola”. Em Alto Taquari, CAE também funcionará como um entreposto da Jucemat. “Vamos estudar a possibilidade de manter um profissional do Instituto Mato-grossense de Metrologia e Qualidade Industrial (Imeq-MT) para fiscalizar os caminhões. Afinal, com o terminal ferroviário o tráfego de cargas perigosas é alto na região e, por isso, a fiscalização mais rígida é necessária”.
Em Itaúba, a 600 quilômetros da capital, a implantação do Cae foi a oportunidade que faltava para aumentar a renda de Aparecida Soares Volkenu. Ela é uma pequena empreendedora que confecciona bolsas. “Esse Centro vai me dar a oportunidade de ter acesso às informações e, principalmente, aos incentivos do Governo do Estado”. Com o interesse de abrir uma pequena fábrica no município, Aparecida acredita que o centro será seu maior suporte nesta empreitada. “Há cinco anos luto pelo meu espaço. Esta é a primeira vez que vou ter um apoio maior para crescer economicamente. O CAE será meu aliado”.
MUNICÍPIOS ONDE JÁ TÊM CAE
Alta Floresta
Alto Taquari
Arenápolis
Barra do Bugres
Campo Novo dos Parecis
Campo Verde
Chapada dos Guimarães
Colniza
Comodoro
Conquista D’Oeste
Guarantã do Norte
Itaúba
Matupá
Mirassol do Oeste
Nobres
Nova Brasilândia
Nova Canaã
Nova Mutum
Nova Ubiratã
Peixoto de Azevedo
Pontes e Lacerda
Porto Esperidião
Poxoréu
Sapezal
São José dos Quatro Marcos
Tabaporã
Tangará da Serra
Terra Nova do Norte
