Ás margens do Rio Poti, na avenida Marechal Castelo Branco, uma placa do governo do Piauí anuncia a construção do "Novo Centro de Convenções de Teresina". Longe da visão de quem transita por aquela via, já perto da obra, outra placa informa: "Reforma e requalificação do Centro de Convenções de Teresina". Ao descrever o que classificou de "mentira desnecessária", o senador Heráclito Fortes (DEM-PI) pediu ao Tribunal de Contas da União (TCU) que apure o caso.

- A desfaçatez é tão grande que não tiraram sequer o nome original: Centro de Convenções Dirceu Arcoverde. Ele foi construído no governo de Arcoverde, mas o governo anuncia como se fosse obra nova. Há três ou quatro anos o governador prometeu com estardalhaço construir no Piauí o maior centro de convenções do país. Contratou até o escritório do arquiteto Ruy Ohtake. É preciso saber quanto foi gasto nesse projeto e por que ele não serviu - afirmou Heráclito Fortes.

Também ao TCU Heráclito pediu que investigue contratos firmados sem licitação para a promoção de festas em diversos municípios do Piauí. De acordo com o senador, uma empresa, a Dinamite, teria sido contratada para promover diversos eventos com dinheiro repassado pelo Ministério do Turismo. Porém, ao invés de um contrato único, são vários.

- Ao invés de uma licitação global, eles picotam para burlar a Lei da Concorrência - denunciou Heráclito.

O senador pelo Piauí também anunciou que a juíza de Cocal, Maria do Perpétuo Socorro Ivani de Vasconcelos, concedeu liminar em favor das vítimas do rompimento da barragem Algodões I. Nessa tragédia, ocorrida em maio, morreram nove pessoas e mais de 3 mil famílias ficaram desabrigadas. A juíza determinou ao governo do estado que pague pensão temporária para mais de 400 pessoas atingidas ela tragédia.