As autoridades chinesas reforçaram sua habitual censura na internet com o fechamento das páginas web registradas como espaços pessoais, um dia depois de cancelar 530 páginas de compartilhamento P2P (peer-to-peer), com a desculpa de frear a pornografia na rede.
A nova regulamentação foi anunciada pelo Centro de Informação para a Internet da China, que supervisiona os registros web no país asiático, e explicou que a medida, que entrou ontem em vigor, é resultado da preocupação do regime chinês com a divulgação de arquivos pornográficos nas páginas pessoais.
Os provedores da internet têm proibido, sob essa nova normativa, hospedar páginas pessoais, e só os negócios com formas em vigor ou organizações autorizadas pelo governo chinês poderão conseguir essa autorização.
A normativa se aplica aos novos pedidos de registros pessoais, mas os já existentes também correm perigo.
Segundo informa hoje o diário "South China Morning Post", muitas páginas pessoais foram canceladas nas províncias de Jiangsu, Henan, Zhejiang, Jiangxi e Xangai.
A China realizou várias campanhas contra a pornografia na Internet nos últimos anos, embora o resultado tenha sido mais efetivo contra páginas que hospedam conteúdos dissidentes e contrários ao regime do Partido Comunista da China (PCCh).
A pornografia continua sendo habitual e de fácil acesso na rede no país asiático.
Apesar deste estrito controle, a comunidade de internautas chineses é a maior do mundo, com mais de 300 milhões de pessoas.