As faturas que os consumidores pagam pela energia terão de ser elevadas para que as empresas do setor façam os investimentos necessários para reduzir as emissões de CO2, segundo o presidente da Iberdrola, Ignacio Sánchez Galán.
O presidente da maior empresa europeia geradora de energia eólica e a segunda nos Estados Unidos por meio de sua filial Iberdrola Renováveis afirma, de acordo com o jornal britânico "Financial Times" desta quarta-feira (16), nos corredores da conferência sobre mudança climática em Copenhague, que os consumidores deveriam "pagar mais e consumir menos".
Galán expressa também a sua esperança em que sua empresa receba US$ 470 milhões de financiamento adicional para seus projetos de energias renováveis nos Estados Unidos, após ter obtido neste ano US$ 600 milhões, o que a transforma na maior receptora desse tipo de estímulos.
Investimentos
O presidente assinala que a indústria terá de fazer enormes investimentos para realizar as mudanças como querem os políticos.
As mudanças incluem o desenvolvimento de uma geração de energia baixa em CO2 como a eólica e a nuclear, assim como na equipe técnica destinada para aumentar a eficiência energética como redes e contadores inteligentes.
"Estas coisas custam dinheiro. Que preço tem que ter a energia? O preço que permita transformar a combinação das distintas energias em um país", define o empresário espanhol.
No Reino Unido, onde a Iberdrola também atua depois da aquisição em 2007 da empresa Scottish Power, Galán assinala que faltam investimentos de 220 bilhões de euros (US$ 320 bilhões) só em infraestrutura.
Iberdrola projeta uma despesa de entre 4,5 bilhões e 5 bilhões de euros (US$ 7 bilhões) no próximo ano, quantia similar a deste ano, mas abaixo dos 6,7 bilhões de euros (US$ 10 bilhões) do ano passado.