A Vale prevê que o processo de licenciamento ambiental para a construção da CSU (Companhia Siderúrgica Ubu), no Espírito Santo, desenvolva-se durante o próximo ano e avalia que poderá iniciar as obras em 2011.
A informação foi divulgada um dia depois de a companhia entregar ao governo capixaba o EIA-RIMA (Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impactos ao Meio Ambiente), o documento mais importante para o início do projeto e o primeiro passo para a obtenção da licença prévia do empreendimento.
'A expectativa é de que a usina esteja pronta para operar em 2014', afirmou a companhia, em um comunicado nesta sexta-feira.
A usina terá capacidade anual para produzir 5 milhões de toneladas de placas de aço e será instalada em Anchieta, na região sul do Espírito Santo.
"Cabe destacar que a Vale vem atuando para o desenvolvimento de novos projetos siderúrgicos no Estado (ES) desde 2003, quando trabalhamos para a viabilização do terceiro alto-forno da então CST, hoje ArcelorMittal", lembrou o presidente da Vale, Roger Agnelli, no comunicado.
Atualmente, a Vale está envolvida na viabilização de quatro grandes projetos siderúrgicos no país, como parte de agregar valor ao minério de ferro.
Além da CSU, a Vale constrói atualmente em Santa Cruz (RJ), em parceria com a ThyssenKrupp, uma nova usina com capacidade anual de 5 milhões de toneladas de placas de aço, com entrada em operação prevista para meados do ano que vem.
A Vale ainda prevê iniciar em 2013 as operações de uma usina siderúrgica em Marabá (PA). No Ceará, um projeto em parceria com a coreana Dongkuk deve operar também a partir de 2013.
Os estudos para a obra da CSU, no Espírito Santo, projeta a utilização das "mais avançadas tecnologias de produção de aço e controle ambiental", afirmou a Vale.
"Para o controle da emissão de particulados, serão adotadas medidas como dimensionamento diferenciado das chaminés, utilização de 140 filtros espalhados por todo o processo de produção, e utilização de correias transportadoras de matérias-primas fechadas e enclausuradas nos pontos onde há transferência de material."
Em relação aos recursos hídricos, "um dos pontos de atenção do empreendimento", toda a água doce utilizada será recirculada com índice de reaproveitamento de 97%, ressaltou a companhia.