Embora as Nações não tenham firmado nenhum compromisso na Cúpula de Copenhague (COP 15) para redução das emissões de CO2, o Brasil conseguiu ser protagonista na medida em que apresentou propostas concretas para preservação do meio ambiente. A avaliação é da senadora Serys Slhessarenko (PT), que se juntou à comitiva brasileira chefiada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Copenhague.
“Todas as atenções se voltaram ao Brasil, que é um país em pleno desenvolvimento e que cumpre papel de protagonista na questão ambiental. Fomos muito bem representados pelo ministro Carlos Minc, e pela ex-ministra Marina Silva”, destacou.
Para a senadora, os países ricos erram ao exigir das nações emergentes o mesmo comprometimento para redução das emissões. “Os países desenvolvidos destruíram suas florestas e querem que os países em desenvolvimento paguem essa conta. O papel das nações emergentes como Brasil, México, índia e China é o de propor novos caminhos através da sustentabilidade”, argumentou.
Serys criticou ainda a posição do presidente Barak Obama que, segundo ela, foi muito fraca. “Quem esperava que o presidente Obama se comprometesse em liderar a costura de um acordo global saiu decepcionado. Mesmo assim os Estados Unidos ainda conseguiram reduzir em 17% as suas emissões de CO2”, afirmou.
A senadora acredita que acordos concretos poderão ser feitos durante a Cúpula de Kioto 2, em 2012, quando termina o prazo para que os países cumpram o Protocolo de Kioto, que previa a redução de 20% das emissões.
“Em 2012 a participação do Brasil será ainda mais importante porque até lá a questão do pagamento pelos serviços ambientais estará cada vez mais presente nos acordos sobre seqüestro de carbono”, finalizou.
