Mato Grosso todo já está em alerta máximo contra a dengue. Mas apesar das campanhas preventivas e da massificação das informações sobre como a dengue é transmitida e como o mosquito se reproduz, a doença continua se alastrando pelo estado. Várzea Grande, o segundo maior município de Mato Grosso, é uma das cidades mais afetadas pela doença, e é na periferia onde existem mais focos das larvas do mosquito, principalmente nos lixos.

Moradora do bairro Princesa do Sol, Ivanildes Francisca Bezerra, 43, conta que morre de medo que um de seus 8 netos peguem a doença. Ela diz que tenta evitar ao máximo o acúmulo de água parada nas dependências da sua casa, mas lembra que acabar com o mosquito transmissor da dengue não depende só dela. “Eu deixo tudo limpo aqui em casa, não deixo água parada, mas não adianta nada se os outros não fazem o mesmo”, argumenta.

João Bezerra Neto, 43, esposo de dona Ivanilde, reclama da irregularidade na coleta de lixo. Segundo ele, os lixeiros não estão passando direito, com isso, ele mesmo se livra dos detritos familiares. “Se o lixeiro não passa a gente tem que dar jeito”.

Á alguns metros da casa de João Bezerra, um terreno baldio funciona como um verdadeiro lixão a céu aberto. Lá os moradores costumam descartar o que o lixeiro não leva. Além das inúmeras sacolas plásticas, garrafas pet e demais entulhos que acumulam água, podem ser encontrados também restos de móveis, como sofás.

Segundo matéria publicada no último dia 11 de dezembro pela assessoria de imprensa Prefeitura de Várzea Grande, a Secretaria Municipal de Serviços Públicos está empenhada em acabar com os criadouros do mosquito e já retirou cerca de 5 mil toneladas de lixo de quintais em diversos bairros de VG. Mas mesmo assim ainda é possível encontrar potenciais criadouros do mosquito da dengue.