Tudo bem, trata-se de uma série dramática. Mas, desta vez, "Grey's Anatomy" pegou pesado. Dos cinco médicos-residentes originais do programa, a quinta temporada conseguiu deixar dois entre a vida e a morte --um deles acabou eliminado.

Foi um atropelamento, no episódio final, que tirou de cena George O'Malley (T.R. Knight), sem maiores avisos. Seu contrato com a ABC foi rompido, e o seu fantasma não deve ser visto no sexto ano da série.

Outra contratada meio "rebelde", Katherine Heigl andou ameaçando deixar o hospital, e a criadora da série, Shonda Rhimes, não deixou barato: colocou a personagem para sofrer.

Primeiro, Izzie ficou chata. Saiu pelos corredores perseguida pela visão do amado Denny, morto na segunda temporada. Foram arrastados diálogos, com direito a beijos tórridos e cena de sexo, até o diagnóstico --a saída encontrada pelos roteiristas foi atribuir a loucura da personagem a um melanoma que chegou ao cérebro.

Solução que resolveu outro problema: tirou Derek (Patrick Dempsey), que também já estava perdendo o charme, do fundo do poço. O neurocirurgião havia perdido uma paciente grávida na mesa de operação e se afogava no álcool quando Meredith Grey (Ellen Pompeo), sua futura noiva, jogou para ele a responsabilidade de salvar Izzie.

Tarefa que não seria fácil. A personagem, das mais carismáticas da série, passaria por mais de uma cirurgia, perderia os cabelos e seria desacreditada pelos médicos. Mas ainda ganharia alguma sobrevida para o sexto ano de "Grey's".

Outra que ameaça se afastar do núcleo principal do hospital de Seattle é a dra. Bailey (Chandra Wilson), que enfrenta resistências ao escolher a pediatria. Ela também sofre como nunca, acompanhando de perto a morte de crianças com doenças terminais.

Apesar de tanta choradeira, é na quinta temporada que é comemorado o centésimo episódio, com o casamento de Izzie e Alex (Justin Chambers), na cerimônia que seria de Meredith e Derek. O especial termina em lágrimas, é claro, com Izzie perdendo os cabelos loiros.