Alardeado como um videogame para toda a família e bem comportado, o Wii raramente sai de linha como em MadWorld, jogo de ação em terceira pessoa que esbanja tanta violência que foi classificado para maiores de 17 anos nos Estados Unidos.

O cenário para lá de original é todo em preto e branco e marcado por formas geométricas estilizadas, sendo o vermelho do sangue a única cor a contrastar com as texturas estilizadas.

Quadrinhos

A estética de MadWorld, que remete aos quadrinhos e graphic novels, é obra da criativa mente de Atsushi Inaba, pessoa por trás de Okami e Viewtiful Joe, e hoje à frente da Platinum Games.

Na prática, o jogo investe no bom humor e não se leva muito a sério -há até um narrador para comentar as mortes causadas pelo jogador, como se estivesse em uma transmissão esportiva.

A história criada para (tentar) dar sentido à matança coloca o jogador na pele de Jack, um sujeito que, no lugar de um dos braços, tem uma motosserra. Ele é a estrela de um reality show, intitulado "Death Watch", em que deve destroçar adversários.

Praticamente tudo que há pelo cenário pode ser utilizado como arma, inclusive placas de rua. Os combates são frequentes e intuitivos, graças ao esquema de controle bem adaptado ao Wii Remote e ao Nunchuk. A irreverência sobra em personagens exagerados, chefões colossais e nas mais variadas (e violentas) formas de desmembrar e aniquilar os oponentes.

Minigames

Há até alguns minigames para quebrar a tensão, como Man Darts, em que Jack deve lançar inimigos contra um alvo gigante utilizando um taco de beisebol. Os passatempos podem ser jogados por mais pessoas, dividindo o mesmo console.

Tudo parece muito banal, mas MadWorld, distribuído pela Sega, está longe disso: considerando que o Wii não é lá um console muito poderoso, a Platinum Games fez um grande trabalho ao aproveitar uma estética tão peculiar e sacia a enorme carência de títulos maduros para o console.