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Domingo, 05 de maio de 2024

Notícias | Agronegócios

Produção argentina terá recuperação parcial em 2009/10

Em recuperação, a safra argentina de 2009/10 deverá chegar a 81,5 milhões toneladas de cereais e oleaginosas, 33% a mais que na temporada anterior. Mesmo assim, ficará longe do recorde de 96,7 milhões de toneladas alcançado em 2006/07. "Não há grandes motivos para comemorar. Os produtores vão somente recuperar o que perderam na safra passada", constata Alejandro Ovando, diretor da consultoria Investigações Econômicas Setoriais (IES), que divulgou estudo com a projeção.


Na última temporada, a pior seca dos últimos 70 anos deixou a agricultura argentina com o desempenho mais fraco em uma década. Intervenções do governo, a tentativa de elevar o valor do imposto sobre as exportações (retenções) e acordos de preços na cadeia de trigo e de carnes colocaram o setor rural em pé de guerra com a Casa Rosada.

"Há sinais de que o governo caminha, de alguma maneira, para um período de menor confrontação com o campo", afirma Ovando, otimista com a perspectiva de crescimento real da safra de 2010/11. "Mas ainda há produtos que sofrem com as políticas errôneas lamentavelmente adotadas pelo governo, como o trigo", acrescenta.

A safra de trigo ficará em 7 milhões de toneladas, queda de 17% sobre 2008/09. A perda será mais do que compensada pela soja, maior vítima da estiagem do ano passado e cujas retenções oficiais chegam a 35% do valor exportado. A colheita da oleaginosa chegará a 48 milhões de toneladas em 2009/10. Mas o economista pondera que, apesar do crescimento de quase 50% sobre o período anterior, a expansão é de apenas 4% em relação a 2007/08.

Quanto aos preços internacionais, o relatório da IES prevê "manutenção da elevada volatilidade" porque "a estabilidade dos sistemas financeiros continua em dúvida". Mas a consultoria diz que a demanda chinesa e o retorno dos fundos de investimento no mercado de matérias-primas têm oferecido suporte.

De janeiro a novembro de 2009, as exportações agrícolas da Argentina atingiram US$ 16,9 bilhões, queda de 32,4% sobre o mesmo período de 2008. A China foi o principal destino das oleaginosas.
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