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Sexta-feira, 03 de maio de 2024

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Calendário da Fórmula 1 faz pilotos terem janeiro "ocioso" em 2010

O calendário da Fórmula 1 criou uma situação inusitada em 2010. Como os primeiros e cada vez mais restritos testes em pista só serão realizados a partir do dia 1º de fevereiro, janeiro se tornou um mês “ocioso” para os pilotos, que acabam tendo de focar o trabalho na preparação física e nos simuladores das equipes.


Os pilotos usam os testes em pista para passar aos engenheiros o máximo de informações sobre as reações do carro, o que é fundamental no desenvolvimento das máquinas. Este ano, no entanto, esse processo ficará concentrado em fevereiro, quando as equipes terão 15 dias de testes coletivos.

A restrição aos testes foi uma das medidas tomadas pela FIA nos últimos anos para diminuir os gastos das equipes. Para o piloto brasileiro Lucas Di Grassi, que estreia como titular na Fórmula 1 com a equipe Virgin em 2010, os testes de fevereiro representarão uma experiência maior do que a que teve nos dois anos anteriores, como reserva da Renault.

“Quando comecei a trabalhar como piloto reserva da Renault, os testes já eram bem restritos. Até hoje, tive oito dias de testes com um carro de Fórmula 1. na pré-temporada deste ano, como titular da Virgin, irei para a pista praticamente o mesmo número de dias”, disse Di Grassi.

Nesta semana, Di Grassi rebateu a declaração de Timo Glock, que disse à imprensa europeia que se considera o primeiro piloto da Virgin. "Se ele achar mesmo que é o primeiro piloto, só tenho a ganhar", falou o brasileiro.

Mesmo sem executar sua principal função, os pilotos têm um trabalho importante neste período fora das pistas. Lucas Di Grassi contou ao UOL Esporte o que fará durante o mês de janeiro antes de pilotar o carro da Virgin pela primeira vez.

“O trabalho em janeiro é mais focado na preparação física, principalmente para o pescoço, que é o músculo mais exigido na Fórmula 1. Também tenho andado bastante de kart, para treinar os reflexos”, disse o piloto.

Um dos equipamentos mais usados pelas equipes durante este período é o simulador. Apesar de muita gente pensar que o aparelho é uma espécie de videogame, o simulador é um dos instrumentos mais sofisticados usados pela equipe para treinar seus pilotos e desenvolver os carros.

“Para se ter uma ideia, são necessários cinco ou seis engenheiros para fazer o simulador funcionar. Dá para ter uma noção muito próxima da realidade com relação ao comportamento do carro. Podemos experimentar qual o melhor jeito de fazer cada curva, quais as mudanças nas reações do carro com tanque cheio e vazio... é praticamente um treino real”, explicou Lucas Di Grassi.

“Para mim, serve também para conhecer as pistas onde nunca corri, como a da Austrália, que receberá a segunda corrida da temporada”, continuou o brasileiro, que lembrou outras contribuições que os pilotos dão antes dos carros ficarem prontos.

“Os pilotos não opinam em nada na construção do carro. Mas podemos escolher a posição dos comandos no volante, a posição do banco, a disposição dos aparelhos que ficam dentro do carro, todas essas coisas que influenciam diretamente na pilotagem”, falou Di Grassi.
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