A Justiça autorizou a Polícia Federal a abrir 19 novos inquéritos para apurar crimes de corrupção passiva e ativa que supostamente envolveriam a construtora Camargo Corrêa, obras, órgãos e agentes públicos, informa reportagem de Flávio Ferreira, publicada nesta quinta-feira pela Folha (a íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL).
Segundo a reportagem, um dos investigados será o conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado) de São Paulo, Robson Marinho.
A decisão judicial também atendeu a pedidos da PF de abertura de investigações sobre delitos de fraude em licitação e formação de cartel que teriam sido cometidos por empreiteiras em obras em todo o país.
Os inquéritos criminais são desdobramentos da Operação Castelo de Areia, iniciada em março do ano passado para apurar supostos crimes financeiros atribuídos a executivos da Camargo Corrêa.
Outro lado
A defesa da construtora Camargo Corrêa afirmou ontem que as novas apurações decorrentes da Operação Castelo de Areia vão mostrar que as acusações contra a empreiteira são infundadas.
O advogado da empresa, Celso Vilardi, disse que "os alegados indícios [de crimes] estão baseados meramente em interpretações feitas pela Polícia Federal, que se baseiam muitas vezes apenas em iniciais" em manuscritos.
Procurada pela reportagem, a chefia do gabinete de Robson Marinho no Tribunal de Contas do Estado de São Paulo informou que não conseguiu localizar o conselheiro ontem.