Um novo estudo sugere que os cirurgiões deveriam seguir o exemplo de atletas e músicos – e se aquecer antes de ir ao trabalho.

Pesquisadores descobriram que quando os cirurgiões tomaram parte numa série de exercícios antes de operar, eles apresentaram melhores resultados em simulações de cirurgias.

“Dançarinos, músicos, escultores e pintores têm usado, há séculos, a prática de curto prazo ou o aquecimento como métodos de se preparar para a tarefa da vez,” apontam os pesquisadores num artigo na edição de fevereiro da publicação médica "The Journal of the American College of Surgeons". O autor-chefe é Kanav Kahol, da Universidade Estadual do Arizona.

Para o estudo, 46 cirurgiões com diversos graus de experiência passaram de 15 a 20 minutos realizando exercícios de aquecimento que estimulavam cirurgias minimamente invasivas. Essa técnica, cada vez mais popular, oferece muitos benefícios aos pacientes. Mas para os cirurgiões, segundo o estudo, ela pode significar a utilização de ferramentas de difícil manuseio em espaços confinados.

Os pesquisadores estava procurando por algo mais que apenas flexibilidade. Fazer o aquecimento, dizem eles, parece não só tornar os cirurgiões mais flexíveis, mas também prover um “despertar cognitivo.”

O estudo descobriu que os exercícios eram úteis para cirurgiões iniciando um novo dia e para aqueles cansados em plantão. Eles também descobriram que as melhorias pareciam se estender a tarefas cirúrgicas diferentes daquelas usadas no aquecimento.

Existem algumas questões sobre se as melhorias associadas aos exercícios podem ser duplicadas numa sala de operações.