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Quinta-feira, 02 de maio de 2024

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Ex-chefe de gabinete de Arruda pede adiamento de depoimento à PF em Brasília

O ex-chefe de gabinete do governo do Distrito Federal Fábio Simão pediu a transferência de seu depoimento à Polícia Federal de Brasília, previsto para esta terça-feira, argumentando que ainda não teve acesso ao autos do inquérito sobre o suposto mensalão do governo do DF.


Segundo Simão, ele só contratou um advogado para o caso ontem. O pedido do ex-chefe foi atendido e o depoimento, cancelado. Ainda não há uma nova data para que ele seja ouvido.

Relatório da PF indica que o dinheiro apreendido durante a operação Caixa de Pandora na sala de trabalho do então chefe de gabinete veio de empresas que pagavam propina no esquema.

A PF, em relatório entregue ao STJ (Superior Tribunal de Justiça), diz que apreendeu dinheiro com a mesma série tanto na sala de Simão como nas empresas Vertax e Adler, que pagaram propina ao suposto esquema envolvendo o governo de José Roberto Arruda (sem partido), segundo Durval Barbosa, delator do esquema e ex-secretário do governador.

Pela manhã, a PF ouviu o policial civil aposentado Marcelo Toledo, acusado de ser um dos arrecadadores de propina para o suposto mensalão do governo do Distrito Federal. Toledo, no entanto, permaneceu em silêncio durante o depoimento.

Segundo a defesa de Toledo, ainda é preciso caracterizar se ele aparece como testemunha ou investigado no inquérito do STJ que investiga o esquema de corrupção.

O advogado Raul Livino afirmou que não está descartada uma delação premiada para seu cliente. "A delação não está descartada porque é um instrumento de defesa. Nada que seja útil à defesa está descartada."

Durval Barbosa já conta com a delação e atualmente faz parte do programa de proteção à testemunha da Polícia Federal.

Livino disse que Toledo deve marcar um novo depoimento após ter estabelecido a linha de defesa. O advogado sustentou que ainda vai precisar de pelo menos 30 dias para avaliar o caso. "Ele pode ter muito a falar. É interesse nosso que ele fale", disse.

O advogado afirmou ainda que a orientação para Toledo se manter calado durante o depoimento foi motivada pela falta de acesso a todo conteúdo do inquérito. A decisão ganhou respaldo ontem do STF (Supremo Tribunal Federal), que concedeu liminar garantindo que ele não fosse preso e não firmasse compromisso.

O depoimento durou cerca de 15 minutos e não foi realizada nenhuma pergunta. "Ele permaneceu calado porque na intimação para prestar depoimento ele aparece como testemunha [de Durval Barbosa] e em outro momento aparece como investigado. É preciso avaliar melhor essa situação."

Segundo Barbosa, responsável por denunciar o esquema de corrupção, Toledo recolhia dinheiro das empresas e era o portador das quantias destinadas ao vice-governador Paulo Octávio (DEM).
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