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Terça-feira, 07 de maio de 2024

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Grupo do DF dialoga com poesia marginal na peça "Diário Maldito"

Um poeta dos guetos e dos bandidos, apaixonado pelo teatro, pelos excluídos e pela liberdade de expressão. Em poucas e fortes palavras assim pode-se definir Plínio Marcos, um palhaço de circo, ator e escritor, que levava com orgulho o termo “maldito” e dizia que suas peças, escritas em sua maioria na década de 1960, sempre seriam atuais porque o Brasil não mudava.

Foto: Thiago Sabino

Grupo do DF dialoga com poesia marginal na peça
Um poeta dos guetos e dos bandidos, apaixonado pelo teatro, pelos excluídos e pela liberdade de expressão. Em poucas e fortes palavras assim pode-se definir Plínio Marcos, um palhaço de circo, ator e escritor, que levava com orgulho o termo “maldito” e dizia que suas peças, escritas em sua maioria na década de 1960, sempre seriam atuais porque o Brasil não mudava. E é a partir da trajetória que envolve a censura do período militar e muita paixão pelo povo brasileiro que o Teatro do Concreto chega a Cuiabá com “Diário do Maldito”. As informações são da assessoria do evento.


A peça, que estreou em 2006, é fruto de dois anos de pesquisa sobre a vida e a obra de Plínio, morto em 1999. Segundo Francis Wilker, diretor do espetáculo e um dos fundadores do Teatro do Concreto, o texto da peça não segue simplesmente a vida de Plínio, mas torna-se um pretexto pra construir com o público um diálogo vivo sobre o homem, a função da arte e o papel do artista contemporâneo. “Nós temos algumas citações de obras do Plínio como Navalha na Carne, Prisioneiro de uma Canção, Inútil canto e inútil pranto pelos anjos caídos e Abajur Lilás”, conta Wilker.

Na peça o público tem seu primeiro impacto ao ver o cenário: é em um bar que são recebidos, local onde se discute ideias, onde se afoga as mágoas e onde tudo pode acontecer. Nesse cenário, por vezes paradoxal, é que o público vai conhecendo personagens e diversas histórias que descrevem a trajetória divertida e comovente do Poeta, assim, com P maiúsculo como o Teatro do Concreto faz questão que seja colocado.

Dedicando toda uma vida à denúncia social, o Maldito pensa agora em parar de criar e, inconformados com a situação, os personagens invadem a cena para cobrá-lo. E a cobrança vem com a mesma força que o Poeta teve para escrever suas peças, tantas vezes censuradas pelos militares.

No palco nove atores e quatro músicos dividem a cena mostrando a Plínio o quanto sua força e denúncia ainda se fazem necessárias em um cenário brasileiro que pouco muda. O espetáculo, que ficou em cartaz no Teatro Oficina do Perdiz (DF) nos anos de 2006 e 2008, participou do Festival Internacional de Teatro Cena Contemporânea, em Brasília, e do projeto Galpão Convida Teatro Candango, em Minas Gerais. Em 2007 o Teatro do Concreto recebe por “Diário do Maldito” os prêmios de melhor atriz e melhor cenografia através do Prêmio Sesc do Teatro Candango e, em 2008, pelo Festival Nacional de Teatro de Macapá ganham como melhor espetáculo e melhor cenografia.
Mais Concreto – Além de três sessões do espetáculo “Diário do Maldito” o Teatro do Concreto não chega em Cuiabá para brincadeira.
 
A peça sobre a vida de Plínio Marcos ocorre nos dias 23 (sábado), com sessões às 19h e 21h, e 24 (domingo), com sessão única às 20h, no Sesc Arsenal, todas para 100 pessoas. Porém, antes desses dias, as atividades do grupo tem inicio no dia 21 (quinta-feira), com intervenção cênica no espaço urbano em parceria com o grupo Confraria dos Atores e se repete no dia 22 (sexta-feira).

Também no dia 22, às 20h, o Sesc Arsenal é palco de “Inútil canto e inútil pranto pelos anjos caídos”, uma leitura dramática onde é narrada a história de 25 homens enclausurados num presídio, que morrem durante uma rebelião. A história é baseada em fatos reais e foi escrita por Plínio Marcos, que deu vez e voz aos excluídos. No dia 24 às 14h30 é a vez do “Teatro em Debate”, encontro com grupos locais e lançamento da revista “entrelinhaseConcreto”, exclusiva da área teatral e o teatro contemporâneo.
Toda a programação apresentada em Cuiabá será gratuita. Com informações são da assessoria do evento.

Programação

21/01
18h –
Intervenção cênica no espaço urbano em parceria com o grupo Confraria dos Atores.
Local: Semáforo da Avenida Getúlio Vargas na praça Alencastro

22/01
18h -
Intervenção cênica no espaço urbano em parceria com o grupo Confraria dos Atores.
Local: Semáforo da Avenida Generoso Ponce na Praça Ipiranga.

20h – Leitura dramática de “Inútil canto e inútil pranto pelos anjos caídos”.
Local: Sesc Arsenal

23/01 
19h e 21h -
Espetáculo “Diário do Maldito”
Local: Sesc Arsenal

24/01 
14h30 -
Teatro em Debate - encontro com grupos locais e lançamento da revista “entrelinhaseConcreto”
20h - espetáculo “Diário do Maldito”
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