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Sábado, 04 de maio de 2024

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Temer busca apoio no PMDB para garantir a reeleição na presidência do partido

O presidente licenciado do PMDB, Michel Temer (SP), deu início à ofensiva para garantir a sua reeleição para o comando da legenda no dia 6 de fevereiro, quando será realizada reunião do Diretório Nacional do PMDB para a escolha da sua nova Executiva Nacional.


A duas semanas da reunião, Temer disparou telefones para líderes do partido e presidentes de diretórios regionais em busca de votos para garantir sua reeleição.

Segundo interlocutores de Temer, o peemedebista vai dedicar os próximos dias para visitar diretórios regionais, realizar reuniões com a cúpula da legenda e participar publicamente de eventos que fortaleçam a sua candidatura. Temer também vai elaborar o discurso a ser proferido na reunião do diretório para pregar a unidade do PMDB.

Líderes peemedebistas afirmam que a intenção de Temer é se fortalecer dentro da legenda para que a indicação do seu nome à chapa da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) à Presidência da República tenha o apoio da maioria da legenda. Apesar de parte do partido defender a candidatura própria ao Palácio do Planalto, a cúpula peemedebista está disposta a efetivar a indicação de Temer na chapa nacional com o PT.

O grupo de Temer afirma que a reunião do diretório não vai antecipar a discussão sobre a indicação do partido à vice-presidência na chapa de Dilma. A cúpula da legenda quer esperar até abril para discutir sobre a aliança --quando termina o prazo para que os candidatos às eleições de outubro deixem os cargos no Executivo, o que permite uma melhor definição do cenário eleitoral. Os parlamentares favoráveis à candidatura própria, porém, vão aproveitar a reunião para criticar a união do PMDB com o PT.

A orientação na cúpula do partido é trabalhar pela unidade da legenda, inclusive no que diz respeito à chapa que vai disputar o comando peemedebista. A ideia do grupo pró-Temer é fechar uma espécie de pré-acordo em torno da chapa encabeçada por Temer para evitar novas divergências dentro da legenda, como tradicionalmente ocorre nas eleições internas do partido.

Outra avaliação dos peemedebistas é que, quanto antes a Executiva Nacional estiver formada, mais tempo o partido terá para negociar a aliança com o PT. "A preocupação do PMDB hoje é com a governança. Vai mais longe quem larga mais rápido. Temos apetite pelo processo sucessório", disse à Folha Online o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR).

Dentro do partido, o sentimento é que a vitória de Temer para mais um mandato na presidência do PMDB é irreversível. "É um fato consumado. A convenção vai servir para mostrar unidade do PMDB, sem outra candidatura posta [para o comando do partido]", disse o deputado.

Eleições

A expectativa é que Temer, depois de eleito presidente do PMDB, peça afastamento do cargo para se dedicar integralmente à campanha presidencial. A antecipação das eleições seria a maneira de acelerar a composição da chapa com Dilma, antes que o PT comece a flertar com outras legendas aliadas.

O grupo pró-Temer ainda precisa, porém, solucionar impasses regionais que poderiam inviabilizar a chapa com o PT, já que em muitos Estados não há possibilidade da coligação nacional se repetir em nível estadual.
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